Capítulo - 5

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Boa Leitura.

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*Julia

Abro os olhos e me encontro numa cama de hospital, estava tonta, havia flashbacks de choro de crianças ao fundo, escuto chamarem meu nome, e chamando alguém de "mãe". Eu acordo assustada. O silêncio da casa me envolve, e eu começo a me recordar do olhar frio e sem alma de Snape, como também lembrei do olhar perdido e vago dele quando se abaixou no primeiro momento.

O que se passava na mente dele? – Isso ecoa diversas vezes em várias vozes diferentes na minha mente, eu acordo assustada.

A noite demonstrava ter caído há pouco tempo, eu resolvo reexplorar a área que tanto convivi. A casa não tinha o mesmo perfume de antes, estava começando a ficar com aspecto mofado, até porque querendo ou não, o local onde estávamos era muito úmido; óbvio que era, estamos no meio da maior Floresta do Mundo. Me recordo de algumas coisas enquanto ando pela casa, as risadas e gritarias de Ariana ecoavam por minha mente. Eu subo no teto, para observar a Lua, fico ali sentada, a olhando me iluminar, o vento balança os meus cabelos, e me faz fechar os olhos, momento na qual eu vejo Snape.

Ele estava tão diferente... – Começo a dar diagnóstico para o meu querido satélite. — Me pergunto se mesmo depois de tudo o que aconteceu, ele sente algo por mim? – Essa pergunta me importuna pelo resto da noite.

Eu desço do teto, e procuro algum vinho para beber, estou precisando parar de pensar um pouco. Depois de alguns momentos, eu pego a garrafa, a taça, e vou para a beira do Lago dos Pensamentos. Começo a me servir devagar, e logo ponho minhas pernas para se banharem na água gélida, cada gole que dou, uma lembrança me invade. Eu bebo três garrafas e meia, e apago em algum outro local.

*Snape

Depois de um dia estranho e ditador, eu agora estou na Torre de Astronomia, me sinto tão confuso, porém estou tão contente...

Nunca me senti tão bem ao ver toda a escola regrada, me obedecendo... Me sinto tão potente... Tão... – um barulho de algo caindo interrompe meus pensamentos.

Vou até a origem do barulho, e vejo uma silhueta humana tentando se equilibrar.

— Já para a cama!

A garota, que devia ter uns oito anos me olha com grandes olhos negros, e com o cabelo no rosto, ela me olha surpresa.

— Qual o seu nome? – Percebo que ela não é dessa escola, porém emana uma magia muito familiar.

Ela não fala, e apenas fica olhando para mim, ofegante, recostada na parede. Um outro barulho surge atrás de mim, eu me viro já irritado, e vejo alguém cambaleando por cima da mesa, e se apoiando no telescópio.

— O que fazem aqui? – Olho para a que estava na mesa, e quando viro o olhar para a outra, ela já havia sumido.

— E-eu não consigo... – a voz da moça embebedada me arrepia.

— O que a senhorita não consegue? – Vou indo na direção dela, que logo cai no chão, e vai atravessando o chão aos poucos. — O quê?! – Me assusto com aquela cena.

— Preciso do me... – Ela me olha, e fica me encarando de boca aberta.

— Suba imediatamente, e vá para o seu dormitório, talvez o que você procura esteja lá.

O cabelo dela muda, e ela começa a subir no chão, como se estivesse saindo de uma piscina. Ela se levanta, e eu a acompanho. Ela passa por mim, e eu sinto aquela magia, e o cheiro de um perfume familiar, junto com um forte odor de vinho... Mas o cheiro do perfume, era dela! Ela é ela! Eu a seguro pelo braço, ela me olha tentando se equilibrar, e sorri. Aquele maldito sorriso estava ali comigo novamente, eu me apavoro, e a solto.

A Cobra E A Grifinória: A Guerra FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora