Capítulo 1

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Olá, meus amores! Peço que antes de iniciarem o capítulo, terminem de ler essa nota.

Esta história era inicialmente uma fanfic chamada "Demon", portanto os comentários aqui presente estão relacionados à outro enredo, então por favor ignorem... hehehe ;) Espero do fundo do meu coração que gostem dessa nova obra... beijocas!        -S. Xx

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"Espero que aproveite sua estada, srta. Evans." O dono da casa sorri e entrega-me um molho de chaves.

Seus cabelos castanhos estão corretamente alinhados em sua cabeça, provavelmente por conta da grande quantidade de gel depositado que faz com que seus fios brilhem com qualquer movimento de cabeça. Os olhos verdes não passam tanta confiança quanto deveriam, mas até o momento tudo estava correndo bem. Seus braços rodeiam meus ombros rapidamente e com essa aproximação percebo que é mais alto do que aparenta, uns 10 centímetros a mais do que eu. Sua barba malfeita raspa em meu ouvido e faço uma careta.

"Obrigada, sr. Sherwood, a casa é realmente adorável." Encaro as chaves em minha mão.

Ele dirige-se ao seu carro, mas para no momento em que estava prestes a abrir a porta. O homem torna sua atenção para mim e soa mais sério do que anteriormente.

"Esqueci de lhe dizer, mas a casa de trás não está mais locada a muito tempo, então não há vizinhos antes de, no mínimo 2 quilômetros. Caso veja alguém nas redondezas, o que não deve acontecer, não hesite em meligar, mas estarei de volta em uma semana para ver como está" ele parece tentar me reconfortar com um sorrisinho, o que só faz com que minha ansiedade aumente, "não moro muito longe e posso vir a qualquer momento."

Ele não se despede, apenas entra em seu Chevrolet Silverado vermelho, o qual possui vários arranhões e alguns amassados profundos na lataria, e acelera fazendo a poeira do chão levantar.

Tusso um pouco e tento aliviar a sensação ruim em meu peito. Aproximo-me de meu carro e confiro a trava para me certificar de que não está aberto. Dou alguns passos até a porta e uma pequena aranha forma uma teia no canto. Solto um grito e minhas mãos tremem, fazendo as chaves que seguro tilintarem. Pequenas lágrimas formam-se nas extremidades dos meus olhos e tento ignorar aquele ser repugnante que me causa tremores.

Rapidamente abro a porta e levo minhas malas e materiais de pintura para dentro. A cada segundo que sinto algo encostando em mim, salto, pensando que aquelas pequenas patinhas podem estar subindo pelo meu corpo. Arrepios sobem pela minha espinha e encontro-me avaliando a o interior do lugar cautelosamente imaginando que vou encontrar mais um milhão de aracnídeos prontos para entrar por todos os meus orifícios e comer-me viva.

Minhas mãos ainda estão tremendo quando subo as escadas e giro a maçaneta do que imagino ser meu quarto pelas próximas semanas.

O espaço tem um tamanho médio, é mais do que suficiente para apoiar meu cavalete, telas e guardar minhas outras coisas.

O papel de parede que cobre todo o ambiente é formado por pequenas rosas que seguem um padrão de posicionamento, aparenta ter, no mínimo, dez anos. É bonito, velho, mas dá um toque rústico ao lugar, bem como a cama de dossel que está sem cortinas. Sua madeira é escura e alguns desenhos estão talhados delicadamente. Dois travesseiros estão acomodados perto do encosto e são cobertos por babados de tule branco com bolinhas rosas. A roupa de cama é rosa bebê e parece ter sido lavada recentemente, mesmo contendo algumas manchas amareladas em alguns pontos, demonstrando o esquecimento de tal peça por bastante tempo – provavelmente dentro do armário com espelhos nas portas, constituído do mesmo material que a cama.

THE HOUSE - PTOnde histórias criam vida. Descubra agora