- Calma, não grita. – disse a pessoa que me assustou colocando uma de suas mãos na minha boca. Era ele, Caíque. Tirei sua mão da minha boca tentando recuperar o fôlego.
- Caíque, você me assustou! Mais uma vez.
- Me desculpe... Mas você ia sendo atropelada, deveria me agradecer por isso. - disse franzindo as sobrancelhas.
- Tá... Obrigada. Espera... Como você veio parar aqui? - perguntei confusa.
- Eu liguei para a Ju.
- Calma. Você ligou para a Ju pra saber onde eu estava e vim atrás de mim? Por que?
O que ele estaria fazendo ali?
- Sim. Eu preciso conversar com você. Podemos ir tomar um sorvete. Se preferir, o que tem perto do parque, já que fica perto da sua casa.
- Não sei Caíque... Não quero ser exposta novamente.
- Por favor! Eu só quero conversar com você.
- Tá bom. Você tá de carro?
- Não.
- Vamos com o meu então.
Depois de uns 40 minutos, chegamos.
Descemos e fomos em direção à sorveteria.
- Você tá disfarçado para os paparazzis não te notarem, não é? – perguntei.
- Sim. Não quero te expor novamente.
Sorri.
- Tudo bem, já passou.
Ele sorriu.
- Você quer sorvete de qual sabor?
- Chocolate. Mas eu vou pagar o meu, pode deixar.
- Não, eu que convidei. Eu pago.
- Não precisa Caíque, sério.
- Eu pago e não se fala mais nisso.
- Tudo bem. – sorri.
Ele fez os pedidos, e logo em seguida os sorvetes chegaram. Não entendi o porquê, mas ele ficou me olhando com cara de bobo.
- O que foi? – perguntei - Seu sorvete vai derreter. - disse sem graça.
Então ele voltou a tomar o seu sorvete e eu fiz o mesmo.
- Marina, me fala mais sobre você. Ontem nem deu para nós conversarmos direito. – disse ele.
- Bem... Eu morava em Londres, com a minha prima Lorena. A Ju sempre foi a minha melhor amiga, ela é como uma irmã mais velha pra mim. Sempre foi o meu sonho morar com elas duas. Não sei o que faria sem elas ao meu lado sempre. E como a Ju teve que vim morar aqui em São Paulo para trabalhar com a sua tia na loja daqui, decidi vim para cá há três anos, e hoje estamos morando juntas. Quando eu morava em Londres, estudei moda, sou muito vaidosa e sempre quis ter um blog sobre. Mas hoje eu sou revisadora de textos. E eu sempre quis ter um violão, aprender a tocar... - disse dando um sorriso.
- Nossa, que legal! Quando você tiver um, e se você quiser, eu posso te ensinar. - disse ele.
- Eu adoraria. - respondi dando um sorriso de lado.
Ele retribuiu o sorriso. Mas, como teria surgido a Banda Fly? Resolvi perguntar.
- E vocês, como surgiu a Banda Fly? – perguntei.
- A banda é um sonho realizado. Eu conheci o Paulo em um evento em 2009, até que um dia ele me chamou para montar uma banda. Vimos um vídeo do Nathan na internet, resolvemos convida-lo, ele aceitou, e ai surgiu fly. – explicou.
- Legal. - respondi
- Obrigado. - sorriu e eu retribuo.
Ele então pagou a conta, e saímos da sorveteria.
- Você quer que eu te deixe em casa? – perguntei.
- Não precisa. Sua casa é aqui do lado, pode deixar que eu me viro. – respondeu.
- Não tem problema nenhum Caíque. Você não me deixou pagar a conta, lembra? Por tanto eu vou te deixar em casa sim. Entra no carro logo vai. Só me explica onde é. - disse e ele sorriu entrando no carro.
- Ok. – respondeu.
Ele então me explicou onde ficava sua casa, não era muito longe então depois de mais ou menos uns 20 ou 30 minutos deixei ele em casa.
- Obrigado Mari, espero te ver mais vezes. – disse.
- Por nada Caíque. Até mais! - respondi
Ele então me deu um beijo na bochecha, desceu do carro e eu esperei ele entrar e fui para casa. Vi que já eram 16h00, aquela tarde tinha sido tão boa e tinha passado tão rápido...
Depois de uma hora presa no trânsito, estacionei o carro, fechei o mesmo, peguei minha bolsa, chamei o elevador e subi.
Quando entrei no apartamento, a Lorena e a Ju ficaram me encarando. Fiquei confusa, por que elas estariam me olhando daquele jeito? Mas logo entendi o porquê.
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Um sonho, um amor.
Teen FictionMarina é uma jovem brasileira que vivia em Londres, mas agora mora no Brasil para realizar o sonho de morar com suas melhores amigas, já que sua amiga Julia teve que vim para o Brasil para cuidar da empresa com a tia. Um dia, uma coisa inesperada ac...