Arrastados para um outro mundo.

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Franciele estava deitada no chão com umas sete pessoas. Pelo visto estávamos dormindo juntos depois da festa. Minha cabeça dói muito e me assusto quando alguém toca meu ombro por trás.
- Calma, sou eu Thiago, estou surpreso de te encontrar aqui. Ontem você disse que iria direto para casa.
- Você quase me matou de susto! Não lembro de nada, minha cabeça está doendo muito. Que horas eu te disse isso?
- Bom, assim que cheguei para falar com você.
- Espera, como assim nós não tivemos nada?
- Bom, você disse que não queria. Devem ter te dado alguma droga, não sei.-
Nesse instante houve um tremor na casa, como se um terremoto estivesse acontecendo e Thiago pareceu ficar muito assustado:
- Mas que por@@ é essa!? O que está acontecendo.- Todos da casa se levantavam assustados tentando proteger o rosto da poeira que caía do teto, a intensidade com que a casa tremia me fez cair no chão. Franciele se agarrava a uma mesa e ao seu lado estava Erick Levin, tentando reconhecer não só o local onde estava, mas também quem eram as pessoas e o que estaria acontecendo. Foi uma questão de segundos e mesmo assim pareceram horas, até que tudo parou de tremer e toda a gritaria cessou. Franciele foi a primeira a falar quando tudo se acalmou:
- O que aconteceu?- Erick Levin respondeu rapidamente.
- Acho que foi um terremoto. Estão todos bem?-
" Eu estou bem" " Eu também "
Vozes de pessoas que eu não reconhecia respondiam à pergunta. Meredith surgia descendo as escadas do segundo andar com um olhar desesperado.
- O que está acontecendo? Não pode ser real!
- O que não pode ser real?- Perguntou Erick.
- Vocês não olharam pela janela ainda? Eu não consigo acreditar. Não pode ser real!
-Calma Meredith, mas do que ela está falando?Abra a janela Franciele.- Nesse instante todos ficaram em silêncio e ele era crucial para mim, pois eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Franciele abriu a janela e todos da casa se assustaram, principalmente uma menina de cabelo crespo e olhos azuis como o céu que durante o tremor tinha se segurado em uma estante. Todos nós tínhamos sidos levados a um outro mundo e da janela via-se as montanhas e alguns pássaros de cor flamejante que voavam e faziam grunhidos altos.
O burburinho começou e a garota que segurou a estante se desesperou:
-Nós vamos morrer, é o apocalipse! Eu tenho certeza.
-Que apocalipse Gisele? Deixe de besteiras- Thiago dizia isso de forma ríspida e me pareceu muito grosseiro da parte dele considerando que ninguém além de mim sabia do que se tratava tudo aquilo.
-Calma pessoal. Eu vou sair e tentar entender o que está acontecendo- Erick não parecia estar em uma situação inusitada, pois estava bastante disposto a resolver o conflito. Foi quando algo bateu à porta com força e a abriu. Um vento impetuoso fez com que todos cobrissem o rosto para evitar a poeira que vinha de fora e meu coração gelou de tanto medo, pois no sonho isto não me acontecia. Passos pesados se aproximavam enquanto a ventania parava aos poucos.

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