chapter five: theory of Billiecentrism

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Shawn Mendes P.O.V.

  — Ei, ei, ei, por acaso você é surda? Eu falei com VOCÊ — cobro-a e ela continua olhando para frente, sem pestanejar. Eu tô tentando ser legal com ela, não tô? Ela é tão ignorante!

Pensando bem, o que eu tô fazendo? Nunca como comida do refeitório porque acho nojenta e nada nutritiva pra um nadador, mas cá estou, com uma bandeja vermelha em mãos, seguindo essa maluca pelo refeitório, para entrar na fila para pegar comida. Eu não precisava estar aqui, mas alguma coisa, algum impulso, me fez ir atrás dela. Esse mesmo impulso que fez com que algo dentro de mim, meu ego talvez, esteja um pouco ferido, por ela estar me ignorando. Resolvo mudar minha abordagem.

  — Olha, agora sei quem é você. Billie — frisei seu nome. Não era pra soar como uma provocação, mas ela parece ficar ainda mais sem paciência. Ela apenas me olha de canto de olho, com certo desprezo, como quem diz "não acredito que ainda tenho que falar com você".

 Ela apenas me olha de canto de olho, com certo desprezo, como quem diz "não acredito que ainda tenho que falar com você"

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Toda vez que ela me olha assim, meu sangue ferve pelas veias, e parece que vou cair a qualquer momento. Eu sei que eu a conheço há um dia, mas já foi o suficiente pra ela colocar toda a intensidade nos olhares para mim, criando expressões icônicas, ao meu ver. Oh meu Deus, viu. Por fim, ela diz:

  — Graças ao Paulson agora TODO mundo sabe, não é? Você não precisa se dar o esforço de vir até aqui para jogar na minha cara que aquilo foi ridículo. Pois saiba que eu não tive escolha! Você deveria ir rir de mim com seus amiguinhos pelas minhas costas, assim como todos os outros estão fazendo, porque se resolver ficar aqui, já adianto que não vai conseguir tirar nada de mim para se divertir — ela diz, ainda mais dura que hoje cedo.

— O quê? Não! Olha... n-não é isso que estou fazendo! Não vim tirar sarro da sua cara. E segundo, as pessoas não estão rindo de você, pelo contrário, estão rindo do Paulson... não é óbvio? Aliás, eu até acho que gostaram de você, bom, do que viram de você até agora, pelo menos.

  — Ah, você NÃO ESTÁ zombando de mim?! E por qual outro motivo o princeso estaria aqui? — ela ruge, ignorando toda a segunda parte do meu comentário e se importando somente com a parte que me implica. Nisso, a cozinheira coloca uma bolota de carne moída no prato dela, fazendo com que ela arregale os olhos. Antes que eu a responda, ela se dirige à cozinheira — Hm... é... eu sou vegana, sabe? Não tem umas frutas, ou uma cenourinha... talvez espinafre?

  — AHAHAHAHA. Não. — responde Laura, a cozinheira. Olho pra Billie e ela está com o nariz torcido, e parece até meio chateada... consigo ouvir o estômago dela roncar daqui e, bem, ela disse mesmo lá no palco que estava com fome.

  — Ah... ok, então... muito obrigada. Acho que não vou querer nada haha — e sai da fila, deixando sua bandeja e eu lá parados. Não perco meu tempo, e a sigo para terminar essa conversa... ainda bem que ela não prosseguiu em comer, se não teria que pegar essa comida à toa e ser um ator fingindo que eu gosto dela.

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