[[[autora desesperada: ME DEEM UMA CHANCE, EU FAREI O TEMPO DE VOCÊS VALER A PENA ]]]
Aquela em que Billie Eilish Pirate Baird O'Connell, cantora no início de seu estrelato, e educada em casa por toda a sua vida, vai para uma escola real (pela sua p...
Mais um dia começou, e tudo estava, novamente, igual...
Meu pai não estava em casa quando acordei para ir ao colégio. Claro, ele nunca está. Já faz um ano e meio que ele desapareceu com a desculpa de uma proposta de trabalho em Dubai, ou qualquer coisa assim que eu nunca sei. Ele nos abandonou... não nos manda pensão, e só nos ligou uma vez, informando que não voltaria mais ao Canadá... provavelmente já fez outra família, onde quer que ele esteja. Por isso, vendemos tudo o que tínhamos e nos mudamos para o EUA (não sei se pra enterrar, ou fugir do passado que nos perseguia). Já minha mãe, abatida como sempre, me aguardava na cozinha para o café da manhã, sempre se esforçando mais do que seu corpo aguenta.
— Bom dia, meu bolinho! — disse ela, já me abraçando forte e indicando a cadeira para que eu me sentasse.
— Bom dia, Mama Karen... — brinco com ela, e a mesma ri ao me ouvir.
Paro um instante e reparo na mesa de café da manhã:
— Mãe, você fez de novo???! Essas vitaminas, grãos e cereais para energia e músculos são muito caros! Não temos esse dinheiro... você não precisa comprar essas coisas pra mim!
— CLARO que eu preciso, Shawn Peter Raul Mendes! Você é meu filho, e vou investir até o que não tenho na sua educação! Vendo um rim se precisar! Você tem que ficar forte, para conseguir bolsa na faculdade por meio da natação! É o que você quer, não é? Por isso, senta aí e come logo!
Apenas assenti e comi. Ela precisava que eu assentisse para ficar, pelo menos, com um sorrisinho no rosto... eu sabia que só isso a faria "feliz" nesses tempos.
Enquanto passo pelo corredor para chegar até a porta e ir para a escola, olho uma foto minha e dela pendurada na parede, de quando eu tinha uns sete anos, não possuía músculos, tinha outros objetivos de vida (nem sempre foi a natação), meu cabelo era maior, e ela... bom, ela tinha um sorriso sincero no rosto. Ela era realmente feliz.
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Já na escola, estava aéreo pensando no meu pai, na Mama Karen, na minha irmã mais nova, que ainda precisávamos cuidar e sustentar... mesmo com a pouca renda agora. Caminho pelo corredor enquanto todos, como sempre, olhavam pra mim, obcecados pela popularidade, quando me deparo com meu grupo, com quem eu geralmente andava... Ethan, Noah, Sophia e Emilly.
— SHAAAAAWN, MEU AMORZITOOO, QUE SAUDADE! — Emilly, a loira, já corria para me abraçar e acabar com o resto do fôlego que eu tinha.
— Eae, gata. A gente se viu ontem... cê sabe, né? — eu disse, já fora do abraço.
— Ora! Mas não seja bobinho, né?! Eu sei que nos vimos ontem, mas é que não resisti! Senti mesmo a sua falta — ela, então, faz um beicinho, e me lança um olhar de cachorrinho perdido na mudança.
— Ok, ok, vem aqui... — passo meus braços pelos ombros dela, e a mesma encosta a cabeça no meu peitoral. Ela fica toda sem graça, e posso senti-la corar.