Capítulo 11 - Penúltimo

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Assim que Sakura sentiu Sasuke colocando um anel em seu dedo soltou um gritinho e arregalou os olhos. Era o maior diamante que ela já vira na vida, e servia-lhe perfeitamente.

—É lindo, Sasuke, mas...
—Sem mas — ele disse com firmeza.

Havia um porém. Um enorme porém. Como ela poderia aceitar se casar com ele sem antes lhe fazer aquela importante confissão? Aquilo a estava assombrando. Ela agora até queria já ter contado tudo bem antes. Só que, se ela tivesse feito isso, ele não estaria lhe pedindo em casamento pela segunda vez. Ela jamais esperaria esta felicidade delirante.
Entretanto, ela tinha de contar. E tinha que ser naquele momento!

— Sasuke, eu...
— Vai dizer que não quer se casar comigo? — ele perguntou incisivamente, segurando-a pelos ombros e olhando bem no fundo de seus olhos.
— Claro que não é nada disso. É só que eu tenho que...
— Então, seja o que for, pode esperar — ele declarou categoricamente. — Hoje é um dia especial não quero que nada estrague este dia.

E quando ele a beijou, Sakura deixou seus medos em segundo plano. Por quanto tempo, ela não saberia dizer, mas ao menos estava lhe dando um alívio temporário. Ela podia esperar até depois da festa. Ele estava tão entusiasmado por ter retomado essa campanha publicitária que seria crueldade da parte dela estragar sua alegria.
Sasuke quis contratar uma equipe para preparar a festa, mas Sakura não quis nem ouvir falar nisso.

— Você pode contratar um bufê para cuidar da comida — ela disse —, mas só isso. Eu quero cuidar de todo o resto pessoalmente. Assim, terei o que fazer enquanto você está no trabalho.
— Eu não vou para o escritório — ele a relembrou. — A emergência acabou. A partir de agora, trabalharei aqui mesmo. E você, minha querida, trabalhará comigo.

Entretanto, Sakura insistiu em cuidar da organização. Assim ela podia se sentir útil e necessária. Ficara sem fazer nada por tempo demais. Pendurou lindas lâmpadas nas árvores e amarrou laços por toda parte. Organizou uma banda de três músicos e mandou erguerem um estrado que serviria de pista da dança.
Sakura passou a manhã inteira ao telefone providenciando mesas para a comida, geladeiras para as bebidas, copos e taças, pratos... tudo que lhe veio à mente. O terraço ficou transformado e ela até pediu ajuda ao jardineiro para esvaziar uma das salas internas, para o caso de chover.

— Isto aqui não é a Inglaterra — Sasuke observou com um sorriso indulgente. —Aqui podemos confiar no tempo. A previsão é de tempo perfeito.

E quando ela disse, com ar triste, que não tinha nenhuma roupa à altura para usar na festa, ele a levou para comprar um vestido.

— Eu devia ter pensado nisso antes — ele disse, assim que ficou sabendo. — Vou lhe comprar um guarda-roupa inteiro.

Mas Sakura não queria um guarda-roupa novo; só queria um vestido!
Mostraram-lhe um vestido atrás do outro na boutique de luxo aonde Sasuke a levou, e ela experimentou cada um para submeter à aprovação de Sasuke. Às vezes ele fazia uma expressão de horror, e outras vezes ele encurvava os lábios e ponderava. Ele a fez rir, e passou por toda uma gama de expressões até que um vestido lhe trouxe um sorriso ao rosto.

—Perfeito — ele declarou. — Você está um sonho, minha querida. Vai deixar todos de queixo caído.

Era um vestido preto simples, mas com uma diferença: não havia nele nada de recatado. O vestido tinha decotes em V na frente e nas costas, e as alças finas eram feitas de pérolas negras. A barra do vestido, que batia na panturrilha, tinha corte em forma de pétalas de flores e era decorada com mais pérolas ainda. Custava uma fortuna e Sakura ficou horrorizada com o preço, mas Sasuke insistiu. Não foi a única coisa que ele comprou para ela. Mais vestidos foram mostrados, e, quando ele deu por encerrado, ela já estava com o guarda-roupa novo que não queria.

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