Azul Congelante

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Capítulo 8

Depois que todos ficaram um bom tempo a ouvir, seu maravilhoso Piano acabou, e o olhei novamente depois que seus olhos abriram, eram azuis, tão azuis quanto o Céu que ficava acima de minha cabeça, e aquilo não era exagero, meus olhos eram azuis, mas de nenhum modo como os dessa pessoa.

Ele fechava o piano, cobrindo as teclas que agora a pouco tinha soltado tão bela musica, e olha para as pessoas em sua volta, um belo sorriso escapara de seu belo rosto, e aquilo era demais, como podem colocar duas coisas belas juntas? Este mundo com certeza é tão injusto, e aposto que aquilo não seria as coisas mais belas que habitavam naquela pessoa.

Poderia ter sido minha mente me pregando uma peça, mas nossos olhos se encontram, e seus olhos pareciam ver tudo através de mim em um único minuto, acho estranho, se tivesse sido em um único momento eu acharia normal, mas ele estava me encarando por um bom tempo, e parece que não fazia nenhuma questão de disfarçar isso.

Viro-me, não sabia o que estava fazendo ali realmente, então deveria somente voltar ao que estava fazendo, talvez eu devesse seguir meu Pai por ai até que ele resolva aparecer, ou talvez seja tímido, é difícil dizer.

Agora o salão já estava totalmente lotado, as pessoas passavam rapidamente e algumas empurravam sem piedade, não sei bem como, mas as mulheres continuavam passando por mim, e ao correr parece que não tinham medo de derrubarem seu penteado, cada coisa é diferente eu imagino.

Respiro fundo, e dou alguns passos para frente, queria acabar com esse dia cansativo, então eu deveria talvez voltar para meu quarto, e talvez esperar que alguém apareça.

Indo até as escadas, uma das mulheres coloridas como um pavão passa por mim tão rápido como a luz, e sinto meus pés perderem o equilíbrio, logo sendo jogada para trás, e mal sabia o que estava acontecendo.

Sinto duas mãos me segurarem, e um cheiro de colônia masculina me invadir, levo meu rosto para o lado, e me deparo com um par de olhos azuis congelantes me olhando, estávamos tão próximos que poderia sentir sua respiração, e seu rosto que antes sorria agora estava sem expressão alguma, de alguma forma sinto meu coração disparar, e me acho uma maluca, tento me recompor, me separo dele de uma vez.

- Quem é você?

Ele sorri.

- Antes disso, não deveria dizer obrigado? Acho que meio que te salvei de um leve tombo senhorita.

O olho o tentando decifrar, ele agia como alguém bondoso, mas tinha certeza de que não era somente isso, como eu sabia? Digamos que tenho um bom instinto.

- Eu agradeço. – O olho – Obrigada, mas poderia ter me deixado cair.

- A senhorita queria ter mesmo caído aqui? Creio que adoraria ver sua foto no jornal da cidade, seu tombo com certeza me faria rir.

Levanto uma sobrancelha, ele estava querendo me atingir ou algo do tipo? Sair nos jornais com certeza seria um problema, mas sua atitude é com certeza algo no mesmo nível.

- Bem, aposto que se divertiria. – Finjo um sorriso amigável – Com licença, aproveite bem a festa.

Já ia continuar meu caminho, quando vejo meu Pai vir em minha direção, e sou obrigada a voltar meus passos, ficar perto dessa pessoa me incomodava, não sabia como tocava o piano tão bem, mas se tivesse vida, provavelmente fugiria dele por sua conta.

- Vejo que já se conheceram.

Meu Pai nos olha, e encaro a pessoa do meu lado com surpresa, não acreditando no que tinha acabo de perceber.

- Parece que sim Senhor Wright. – Ele devolve meu olhar, presunçoso – Me ouso a dizer que ela é encantadora como o senhor descreveu.

- Pai, esta pessoa seria?

- Por favor, permita-me que eu me apresente formalmente.

O vejo se curvar diante de mim, e segurar minha mão com delicadeza, levando até seu rosto, enquanto não me tirava de vista em nenhum momento.

Sinto seus lábios tocarem minha mão, e logo um pequeno sorriso perturbador e frio ser mostrado.

- Muito prazer senhorita Hayley, me chamo Dean Hughes, e sou o seu noivo.

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