Só por uma noite.

3° Capítulo: Por que recusar?

- Olha, eu acho uma ótima ideia, viu? - dei uma risada maliciosa, enquanto ela me encarava com um sorriso de canto e aquilo me causava cada vez mais vontade dela.

-  Podemos pedir um táxi?

Ana fez que sim com a cabeça. Então, dividimos a conta e fomos até a rua esperar pela nossa carona.

Me encostei na parede do bar e ela se posicionou de frente pra mim.

- Então quer dizer que além de você ser escorpiana, militante feminista e inteligente pra porra, é ainda mais linda me encarando com esses olhos castanhos? - Ana se aproximava de mim afastando meu cabelo do rosto com uma mão, enquanto a outra se acomodava em minha cintura. Sua estatura era mediana, mas um pouco mais alta que a minha, suas mãos tinham uma pegada cheia de vontade, tua pele negra reluzia a luz do poste acima de nós e teus olhos pretos pareciam brilhar.

- Você acha, Ana? Porque, olhe só que coincidência, eu acho o mesmo de você. - Sorrimos ao mesmo tempo, enquanto sua boca se aproximava da minha. Então, senti aqueles lábios tocarem os meus, tão quentes e excitantes ao mesmo tempo, eu já estava explodindo dentro daquela roupa, louca pra visitar o quarto dela e deixar que ela tirasse tudo o que me cobria. Nosso beijo foi lento e exatamente do jeito que eu gosto, com nossos corpos encostados um ao outro e suas mãos percorrendo minha nuca, procurando pelo meu cabelo, senti um puxão leve percorrê-los e eu já conseguia entender o que ela queria me dizer.

Interrompi o beijo avistando o táxi atrás de nós e embarcamos no carro.

- Boa noite, meninas. Pra onde irão? - Um senhor simpático nos perguntou.

- Boa noite. Iremos para o bairro de Santa Tereza. - Ana respondeu.

Suas mãos quentes percorriam minhas pernas, enquanto delicadamente fazia carinho na lateral da minha coxa, por baixo da minha saia. Naquele momento eu queria poder ler os pensamentos de Ana pra saber se todo o desejo que eu sentia, também invadia a ela.