Aquele elfo supremo

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 O Caminho para a floresta era maior do que Lucca imaginou. Estavam correndo há um pouco mais de 15 minutos, só correndo e correndo.

– heh – suspirou – Agnes... Vamos... Parar um pouco – ela estava bufando, estava suada e suas pernas estavam com câimbras – acho que uma Feiticeira não foi feita para correr tanto. 

Agnes soltou um risinho.

– claro... Claro – ela concordou, também parecia pouco cansada – esse jogo é muito bom não é? Faz você cansar-se e machucar-se de verdade, tomara que eu não me machuque de verdade.

– espera ai... Serio? Nós nos machucamos neste jogo? – Agnes acenou que sim com a cabeça, Lucca pareceu perplexa – ah que droga! Eu deveria ter escolhido a guerreira, pra me defender, ou negociadora para os outros me defenderem. – ela estava inconformada com a situação – ah mais que se dane, vou assim mesmo.

– talvez nem tanto ou nem tão seriamente como no mundo real – suspirou – mas da para sentir uma dor que incomoda. Ainda bem que as feridas não deixam cicatrizes – ela falava mais abertamente percebeu Lucca, tinha conseguido a amizade dela então. – odiaria ver meu corpo com cicatrizes.

Lucca então percebeu como ela era fisicamente; seu corpo escultural, a pele levemente bronzeada, cabelo e olhos azuis, o cabelo era arrumado de um jeito que se fazia uma franja que lhe cobria o olho direto, e um rabo-de-cavalo pouco alto na parte de trás, era pequeno, não lhe batia nos seios; Lucca sentiu alguma inveja.

– sim... Com certeza – disse Lucca ironicamente.

Elas estavam sentadas em um campo levemente gramado próximo à floresta estava lá a pouco mais de 20 minutos.

– quer um pouco de pão – perguntou Agnes – ele esta quente e macio.

Lucca acenou que sim, Agnes estendeu a mão para lhe entregar o pão, muito parecido com o real que se vende em padarias, sua textura era leve e macia, e, estava realmente quente, tão quente que Lucca teve que alterna-lo entre as mãos.

– Ai... Ai! – ela parou com as alternações e soprou a mão – heh, esta mesmo quente. – ela disse sarcástica. Passou o dedo no pão, fazendo movimentos diagonais, com isso, um menu apareceu, mostrando as características do item – ué, da para fazer isso em todos os itens?

– sim, bom para saber se pode ser forjado algo com isso, os usar para poções – respondeu Agnes.

Enquanto Lucca assoprava o pão para deixa-lo frio, ia lendo as características dele: “Pão quente: um pão quente, usado como café-da-manha, da às proteínas e carboidratos e o deixa forte; cuidado, este pão é realmente quente”, isto era o que estava escrito nas características.

Agnes se levantou bruscamente.

– Okay... Vamos embora – ela falou em um tom de ordem. – estamos perdendo tempo aqui.

– mas faz mal comer e depois correr. – disse Lucca preocupada.

– não se preocupe... No jogo, não se tem dores deste tipo, nem doenças. – aquilo deixou Lucca confortada, ela era muito conservadora para com este assunto, não gostava de doenças.

– então vamos. – Lucca disse, depois saiu correndo.

Agnes a seguiu. O caminho para a floresta já estava acabando, Lucca viu algum aglomerado de jogadores na entrada, nada que fosse realmente preocupante.

Lucca aproximou-se devagar, Agnes estava logo atrás dela. Ela viu o Elfo Supremo, uma coisa que ela não esperava, era que ele tivesse aquela aparência; cabelos longos e brancos, orelhas pontudas, olhos verdes e cara de um adulto de 25 anos, corpo magro, mas com músculos, não exagerado. Sua roupa era todo um tecido, o que parecia ser seda verde-claríssima, e nas mãos um tipo de luva de ferro, a parte esquerda do seu corpo estava encoberta de um couro verde, e sua ombreira estava desenhada símbolos estranhos, ele andava descalço. Ele tinha um arco bonito, era feito de ferro verde-claro que reluzia suavemente, e a corda parecia uma teia de aranha; Lucca ficara deslumbrada com tal beleza.

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