POV CAROL
então era isso né, eu estava em um avião, voltando pra minha casa. isso parece tão melodramático. e de fato, talvez seja.
falta pouco pra embarcar e eu esqueci de avisar o Rafa pra vir me buscar....será que o Bruno já está aqui?...
de repente abro os olhos e percebo o quão cansada eu estava pra dormir assim do nada.
Acordo bem na hora que o avião está descendo pra pousar. Após o pouso, desço do avião e vou em direção ao desembarque das malas. Era só uma mala pequena, não levei muita coisa.
Pego a mala e vou em direção a saída o aeroporto, logo o celular se adapta ao sinal de rede e eu mando mensagem pro Rafa.
Tem uma lanchonete aqui em frente, eu só comi os chocolates que Day me deu até agora. Preciso de algo salgado.Vou até a lanchonete e compro Pães de queijo e um café. Tomo o café e logo me retiro dali com a sacolinha de pão de queijo em mãos.
Logo o Rafa chega, de carro novo, um Fiat Doblô.Um carro muito bonito, por sinal. Rafa é minha inspiração, ele trabalha, ganha seu próprio dinheiro e compra suas próprias coisas. Porém, ainda mora com meus pais. Minha mãe vive insistindo pra que ele não vá embora ainda. Enquanto ela torce pra que eu arrume um cara e case logo. Meus planos nunca foram esses, eu sempre quis estudar, pra ter minhas coisinhas. E não depender de ninguém, menos ainda de homem.
Rafa para e desce do carro, abrindo a porta de trás e colocando minhas coisas lá. Assim que fecha a porta, me abraça forte
- Senti sua falta, Carolzinha. - ele diz.
- Não cheguei a ficar nem um mês fora, Rafael - Nós rimos.
Rafa sempre foi o meu irmão mais próximo. Era só com ele e com Bruno que eu contava pra tudo e era só pra eles que eu contava tudo. E eu sei que teria que contar da Day pra ele. Mas não era como se fosse uma obrigação, eu me sentia confortável com ele. Fora que quando ele sabia que eu não estava preparada pra contar algo, ele simplesmente dizia que ia ficar tudo bem, que eu tinha meu próprio tempo, que não precisava de pressa.
Rafa era meu porto seguro. Era meu anjo protetor na forma mais humana, na forma de irmão.- Como foi a festa? como foram seus dias em São Paulo? - Ele disse, quebrando o silêncio
- Foi legal. Foi diferente. Foi bom. - Eu não sabia quais palavras usar.
- E....? O que você fez ? Com quem falou? Conheceu alguém por lá? - Porque ele tinha que me conhecer tão bem ? - Seus olhinhos estão tristes, parece até que deixou parte sua por lá. - ficou um silêncio. - Tudo bem se não quiser contar, mas eu gostaria de saber quando você estiver pronta pra falar. okay? -
- Eu tenho medo, Rafa. Sei que posso confiar em você pra tudo. Mas tenho medo -
- Medo? de quê? - ele diz e logo em seguida faz uma curva, estávamos próximos de casa.
- Eu me apaixonei. - solto de uma vez.
- E qual o problema nisso? - Ele diz, tranquilo.
- Eu me apaixonei por uma mulher, Rafa. - Eu digo e abaixo a cabeça. Ele fica em silêncio e para o carro, estamos a mais ou menos 3 quadras de casa.
- Carol? - Ele me chama com o intuito de que eu o olhasse. Então o Fiz. - Caroline, gostar de uma mulher, não vai mudar a pessoa incrível que você é. Estar apaixonada é algo incrível. Não deixe que o medo seja seu empecilho para nada, Biazin. Você é uma mulher incrível e ainda tem uma vida pela frente. Muita gente vai se afastar de você por isso e você vai entender que foi melhor assim. Que essas pessoas não serviriam para estar com você. Você é uma mulher. Você é uma mulher incrívelmente forte. E, ser uma mulher, não te impossibilita de amar outra. Está me entendendo, meu amor? - Ele diz, calmo, me transmitindo segurança pela voz.
- Sim, eu entendi. Mas, é difícil. É a primeira vez que acontece e foi tudo tão rápido, tão incrível.
- Eu posso imaginar, meu bem. Você pretende esperar mais para contar para os nossos pais?
- Eu não sei se deveria contar. Eu estava com medo e você conseguiu me ajudar. Gostar de uma mulher não é um crime, não é algo que eu deveria assumir. Eles vão saber uma hora ou outra. Mas quero que isso seja normal, porque de fato: É. -
- Eu estou orgulhoso de você, maninha. - Ele diz, me abraçando de lado e depositando um beijo em minha cabeça. Logo continuamos o caminho pra casa.
Assim que chegamos em casa, Rafa me ajuda a levar as coisas para o meu quarto. Meus pais e Renan ainda não estão em casa.
- Valeu pela ajuda, Rafa.
- Estou aqui sempre que precisar - Ele diz e da um sorriso gentil.
Logo sento em minha cama e pego minha mochila, tentando alcançar meu celular lá dentro e encontro outra coisa.
A caixa que Day tinha me pedido pra abrir.lá tinha um bilhete e uma pulseira de ouro.
o bilhete dizia: abra a sua mala. espero que goste da surpresa.
Logo fui em direção a minha mala, e tinha um papel de presente. Abri, e era uma camiseta, abri, e não entendi muito bem a estampa.
( a camiseta abaixo)
E de repente, mais um bilhete, preso com uma fitinha, na gola da camiseta.• Vênus •
substantivo feminino
⊙ lat. Venus,ĕris 'Vênus, deusa do amor, réplica da Afrodite grega; o planeta Vênus.
você é minha Vênus. don't forget.
Eu sinceramente não podia amar alguém melhor que Day.
porque esse alguém simplesmente não existia.
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Ama(r)te. •Dayrol•
RomanceDayane, 18 anos. Foi embora de Goiânia pra São Paulo pra tentar uma vida melhor e desde então mora sozinha -seu melhor amigo é dreicon Caroline tem 17 anos e está no último ano do ensino médio, atualmente mora em Curitiba, sempre que pode vai pra sã...