- him

645 92 67
                                    

— quem é esse?

vários sentimentos passaram por yuri em cinco segundos, e nenhum deles era bom. a voz dele a enjoava.

— vamos, me responda.

— é só um amigo, papai.

yuri queria se matar por ter falado "papai", mas se ela não falasse era ele quem a mataria.

— um amigo. certo. qual o nome dele?

yuri congelou. o que ela responderia? ela cogitou inventar um nome mas se lembrou do último bilhete.

— romeu.

— romeu. romeu. ele é estrangeiro.

— sim, papai.

ele se levantou da sua poltrona e agarrou o braço de yuri. ele apertava muito forte, machucava, com certeza ia ficar uma marca.

— p-papai, está m-machucando — yuri murmurou.

— não quero mais ver bilhetes desse romeu nessa casa, está entendido?!

yuri balançou a cabeça, confirmando.

ele a soltou.

— eu quero um beijinho. um beijinho da minha filhinha.

yuri sabia que aquilo não era um pedido, e sim uma ordem, se ela não obedecesse, ele a machucaria mais. então, lentamente, ela beijou a bochecha dele.

e ele, em resposta, puxou seu rosto e fez com que ela beijasse a sua boca. ele forçou a língua para dentro da boca de yuri. ela não gostava disso mas não tinha forçar para pará-lo.

— querido? — no andar de baixo, sua mãe o chamou. ela havia acabado de chegar do trabalho.

só por causa disso, ele a largou.

— estou aqui querida — o padrasto de yuri  exclamou, enquanto partia do quarto de yuri e a deixava no chão, sentido nojo de si mesma.

love note | YULYENOnde histórias criam vida. Descubra agora