Capítulo 8

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Julie

— Oi Julie. — Natasha me cumprimenta com uma animação que nunca vi nela antes quando entro na sala. — Que bom que veio até aqui, queria muito conversar com você, trouxe um livro que queria te mostrar... — Ela enfia a mão na gaveta e pega um livro de capa preta escrito "Os espíritos podem ser seus amigos".

— Ah Natasha, não posso conversar com você agora, embora esteja bem animada para ver o livro, claro. O Simon me chamou para uma reunião.

— Ah, reunião? Não tem nada anotado na agenda dele para essa manhã...

— Ele mesmo me chamou, estamos trabalhando em um... projeto especial. Se puder confirmar...

Ela pega o telefone.

— Simon, Julie Harris está aqui e... Ok, tudo bem.

Ela desliga dando de ombros.

— Sim, parece que agora ele agenda suas próprias reuniões! — ela diz contrafeita.

— Será mesmo que não estava sabendo e eles a fizeram esquecer ? — Sugiro com ar funesto e Natasha arregala os olhos.

— É... pode ser...

— OK, eu vou entrar.

— Fique com o livro! — Ela me obriga a pegá-lo quando passo por sua mesa.

— Ah, eu não sei.

— Por favor, leia. Se tem o dom tem que começar a estudar o assunto!

— Claro. Obrigada.

Entro na sala de Simon e fecho a porta atrás de mim, ele está sentado a sua mesa falando ao telefone.

— Sim Barbara, fico feliz que esteja bem. — Faz sinal para eu me aproximar e obedeço meio hesitante.

Tudo bem que pareceu que Simon tinha me chamado a sua sala para alguma sessão de sacanagem, porém, depois das acusações de ontem, eu é que não ia tomar nenhuma iniciativa. Então, quando chego perto o suficiente ele me puxa para seu colo e engulo a vontade de rir, porque ele continua ao telefone.

— Certo. Então nos reuniremos novamente quando retornar de viagem. Até lá! — Ele se despede, desliga e no minuto seguinte está com a língua dentro da minha boca. E só posso derreter totalmente, tratando de envolver seu pescoço com meus braços muito ansiosos.

— Senhor Bennett, que atrevimento. — Sorrio contra seus lábios, quando beijo finalmente termina.

— É só um beijo, senhorita Harris, pelo que me lembro você fez bem pior ontem.

Levanto a sobrancelha.

— Pior?

Ele me aperta um pouco mais.

— Melhor.

Sorrio satisfeita.

— Então foi para isso que me chamou aqui, para me beijar?

— Confesso que eu tinha outras ideias mais sacanas, mas nós dois sabemos que não é uma boa.

— Ah... — Não disfarço minha decepção e Simon ri.

— Que pequena ninfomaníaca você é, hein senhorita Harris?

— Não sou ninfomaníaca, só sou apaixonada por você... — e com um gemido ele me beija de novo, lenta e persuasivamente, deixando minha cabeça leve e meu corpo pegando fogo.

E quando o beijo termina estamos ambos sem fôlego.

— Não é justo começar se não vai terminar, senhor Bennett.

Um Noivado Nada DiscretoOnde histórias criam vida. Descubra agora