The Book: Jojo's Bizarre Adventure 4th Another Day

Capítulo 4

     Lacrimosa

     Lacrimosa morre illa

     Qua resurget ex favilla

     Judicandus homo reus;

     Huic ergo parce, Deus.

     Torta Jesu Domine,

     Dona eis requiem. Um homem.

     [Nota: Lacrimosa (Weeping) é o último segmento da sequência de Dies Irae da Missa Requiem Católica Romana. Todo o hino foi famoso por Wolfgang Amadeus Mozart. Originalmente em latim, se traduz para o seguinte.]

     Confuso

     Cheia de lágrimas será aquele dia

     Quando das cinzas surgirão

     O homem culpado deve ser julgado;

     Portanto, poupe-o, ó Deus.

     Senhor misericordioso Jesus,

     Conceda-lhes o descanso eterno. Amen.

     Parte 1

     Por um tempo, ela não chorou nem ficou com raiva. Mesmo que o rato aparecesse e esfregasse seu corpo imundo contra o pé dela, ela não sentia nada. Sanduíches jogados do telhado ficaram cobertos de lama e ficaram duros como pedra. Ela não tinha ideia de quanto tempo havia passado. Ela deixou de fazer uma marca na parede a cada dia que passasse. Seus braços e pernas não se moviam mais. Ela havia esquecido como se mover. Uma mosca voou na frente de seus olhos, parou em seu rosto e caminhou em cima de seu lábio. Ela não se importaria se ela morresse assim. Com sua última gota de orgulho, ela estaria morrendo sem deixar que o homem soubesse onde estava o dinheiro.

     No canto de sua visão, havia um colar com uma joia negra no chão. Estava meio enterrado no chão junto com o lixo. Era algo que ele lhe dera uma vez quando eles estavam em uma viagem. Ela queria ter jogado aquela coisa no ralo que ela estava usando como um banheiro.

     A parede estava molhada de água da torneira que estava descendo. Depois que ela desceu, ela honestamente tentou subir de volta. O sangue de quando ela tinha arrancado as unhas ainda estava lá, mas as marcas eram apenas manchas pretas agora.

     Que tipo de vida ela estaria vivendo se não ficasse calada nessa lacuna entre os prédios? Ela seria feliz? Ela teria chamado sua mãe e seu pai para o seu casamento e seria abençoada por seus parentes e amigos?

     Ela pensou sobre o que estava vivendo até agora em sua vida. Não havia sentido em sua mãe dar à luz a ela? Seu pai trabalhando duro para criá-la foi apenas uma perda de tempo? Quanta importância havia em sua vida agora pensando nessas coisas? O cenário que ela viu, sons que ela ouviu, coisas durante sua vida; eles desapareceriam junto com o corpo dela. Então o mundo simplesmente continuaria sem a presença dela. Não importa que emoções rodassem dentro de si, isso não afetaria nada nem um pouquinho. Era como se ela não existisse. Ela deveria simplesmente parar de pensar. Então ela estaria em paz.

     Naquele momento, o bebê em sua barriga se moveu. Havia vida desconectada de sua própria vontade ativa dentro de seu corpo. Isso foi um pé. Desta vez foi uma mão. Empurrou de dentro de sua barriga. Estava ficando cada vez mais forte a cada dia. Era como se o bebê estivesse pedindo algo dela, mas ela não tinha a menor ideia do que era.

     Acima de sua cabeça, ela ouviu a voz daquele homem.

     As "palavras mágicas". Tudo o que ela tinha que fazer era murmurá-los e a vida de seu filho seria assegurada.