É como se tudo aquilo
Que trazia cor e graça
Aqui, diante dos olhos,
Sumisse feito fumaça.
Preto e branco toma conta
Enquanto meu peito canta
Com a dor que se enlaça.
Sinto o pobre coração
Dentro de mim se encolher,
Tento parar de pensar
Que tudo vai se perder,
Que tudo está por um fio.
Fragilidade, sem brio...
Que sinto aqui sem você.
Me sinto frágil, sem força,
Me sinto todo perdido
Quando imagino a mudança
De como tenho vivido.
É pela felicidade,
Mas não vem conformidade
E o medo não está retido.
Já estava tudo estranho
E isso não é de agora,
Sabia que estava chegando
Essa tal maldita hora
De ir te deixando aos poucos
Deixando os neurônios loucos
Se tua voz me demora.
Os sentimentos se prendem
Atrás do hediondo muro.
Mas eles são tão intensos
E brilham tanto no escuro
Que mesmo estando fechado,
Na tramela o cadeado,
Num esconde o quanto ele é puro.
O brilho do meu amor
É inevitável e visível,
Minhas rimas pra você
É cada uma plausível,
Só quero aqui relatar
Que o sentimento está
Idílico e indiscutível.
É impossível negar
Que meu amor já é seu,
Já que se ouço o teu nome
Meu olho brilha no breu,
Minha pele se arrepia
Na doce e intensa magia
De ter seu amor no meu.
Você estará tão perto,
Te tocarei sem te ter,
Te admirando em segredo
Que é pra ninguém perceber.
Você distante de mim
É tudo de mais ruim
Que pode me acontecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cordel e Poesia
Poetry"Os poetas são apenas narradores de histórias que por vezes falam mais do que podem humanamente sentir" (Ponto e vírgula - Fátima Ribeiro) Facebook: Fátima Ribeiro Instagram: mdfatimaribeiro.p YouTube: Fátima Ribeiro Portela
