• Há limites para o amor?

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Amor à primeira vista,
Platônico ou de verão,
Tem amor de todo tipo...
Amor é acepção.
O louco e o fraternal,
De infância ou virtual...
Vem tudo do coração.

A neurociência estuda
E em cordel vim reforçar
É preciso ter cuidado
Com os limites de amar,
Se começa a obsessão
E perde toda a razão
O melhor mesmo é parar.

São bastantes as maneiras
De ver o mundo com flores.
Já diziam os poetas:
Não há mundo sem amores!
Se o romantismo é pisado
E amor não é cuidado
Pode causar grandes dores.

Freud disse que o amor
Pode trazer sofrimento,
Um conjunto de processos
Que dão direcionamento,
Libido à satisfação
Fica louca a paixão
Causando sufocamento.

A área que se ativa
Quando o amor é mal cuidado
Semelha-se ao dependente
Quando usa o baseado,
Pois ativa a obsessão,
O medo da traição
E o de ser abandonado.

O estudo diz também
Que durante a situação
O cérebro fica inerte
Numa certa região
Causando a baixo estima
E a vida desanima,
Limita a libertação.

No tal amor patológico
Comporta-se irracional,
Apego ambivalente
Sai logo do seu normal.
Se não for bem trabalhado
Leva "prum" rolo danado
E sai do mundo real.

Tem sintomas semelhantes:
Síndrome de abstinência.
Vítima do patológico
Não tem a sã consciência,
O pensamento hipotético
O faz ser um ante ético
Por conta da dependência.

Outros sinais desse tipo:
A grande agitação,
A falta de apetite
E o medo da rejeição,
Insônia, taquecardia...
Seja noite, seja dia
Tá longe da sua razão.

Viva a serenidade
E o amor traz alegria,
Talvez o grande Cazuza
Esse estudo conhecia:
"Sou mesmo exagerado
Adoro amor inventado",
Era o que ele dizia.

Eis chancela perigosa
De quem está a viver
Na alegria do lamento
E se põe a escrever
Poesias sem sentido
Se é fato desconhecido
O amor pra quem as ler.

Cordel e PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora