(Completa) Sopro Congelante (Todos os passados)

25. Alvo Principal

 Max recuou alguns passos ao ver um dos homens de Flynn sair de sua posição e seguir em direção a eles, o comandante fez mais um sinal, e outro também entrou em combate. Uma prancha se abriu embaixo dos pés de um deles, enquanto um fez uma ponte de gelo, deslizou sobre ele, e ergueu-a, indo em direção a Agatha e John.

A garota bateu no peitoral do Mascarado, empurrando ele com um golpe para trás, que caiu da prancha, mas usando o comando mental, ela foi até ele. Agatha usou seus poderes, erguendo gelo do chão enquanto caia, amorteceu sua queda, e se pôs de pé.

Estreitou os olhos, e lançou um raio de gelo em direção ao homem que iria atacar John. O gelo se chocou contra seu peito, o fazendo perder o equilíbrio por segundos ao mesmo tempo que sugava todo o poder que Sara desferiu contra ele. A garota piscou, confusa. Ela não era o alvo, ela sabia disso, o agente foi colocado ali para lutar contra John, uma luta onde poderes opostos se enfrentariam, mas Agatha não deixaria que isso acontecesse, de maneira alguma. John já tinha passado tempo suficiente no gelo na cela da prisão, ainda estava fraco, e embora ela também ainda estivesse, sabia que poderia lutar de igual com o homem.

— Agente 5, cuide dela. — O homem ignorou-a, convocando o outro agente para cuidar dela.

O Mascarado entrou em cena, voando velozmente sobre sua prancha, passou por Agatha e o agente do gelo, rumando em direção ao outro homem, que ele sabia que possuía as mesmas habilidades que ele. John sentia o fogo pulsando nas veias do agente.

John segurou nos dois braços do homem, o empurrando para cima, os dois cortaram o céu, disputando quem tinha mais força. Seus corpos entraram em chamas. John soltou o homem, fechou a mão em punho, desferindo um golpe no maxilar dele, que foi jogado para fora de sua prancha, mas da mesma forma que John, usou o controle mental para a chamar de volta para ele.

O agente passou a mão bem no lugar aonde John o havia acertado. Sorriu por trás da máscara, aquilo iria acabar se tornando algo pessoal para ambos. E isso não era nada bom.

— Por que eles não estão nos atacando? — Perguntou Max para Stephenie, num tom de voz baixo.

— Você é filho de alguém que já foi um deles. Talvez isso signifique algo para eles.

— Eles me torturaram. — Max lembrou a ela.

— Só para você confessar a identidade de Agatha e do Homem Mascarado. Eles não iriam te matar.

— Por quê?

— Pela memória de sua mãe. Por que mais seria?

Stephenie flutuou mais alto, parou na frente de Agatha, bem na hora que o agente lançou um raio de gelo contra ela. Ela liberou um escudo invisível, o gelo ricocheteou e voltou para o homem, que o rebateu, usando o antebraço.

— Essa luta não é sua. — Disse Flynn.

— Você está enganado, essa luta é de todos nós. Isso aqui não precisa se transformar em um banho de sangue. Você apenas precisa deixar a gente ir. — Pela primeira vez Flynn sorriu. Um estranho sorriso, que deduzia que Stephenie só poderia ser louca.

As Forças Especiais deixarem os criminosos escaparem, jamais?

— Então você vai preferir ver a sua equipe ser derrotada. — Flynn crispou os lábios. Estava odiando o jeito como Stephenie falava, a arrogância dela, e ele se lembrou que era parecido com ela. Sempre confiante. Sempre cheio de si. Mas ele não iria perder.

Passou anos procurando por Sara, e agora que ela estava bem na sua frente, não aceitaria a palavra derrota como resultado dessa busca.

— Entregue a garota e o rapaz, e talvez eu ainda posso pensar na possibilidade de deixar você livre. — Agora foi a vez de Stephenie sorrir. Ela queria fazer isso. Pelo seu filho valeria a pena. Mas ela sabe que as Forças Especiais são traiçoeiras, e que anularia esse acordo assim que colocassem as mãos em Agatha e John.