Meredith Taylor: A Serpente de Hogwarts (PAUSADO)

Capítulo 12 - Corujal

Os dias foram se passando e passando, as aulas ficavam cada vez mais interessantes. Meredith sempre teve um fascínio por poções, mesmo não sendo sua matéria preferida ou a que mais dominava. Snape apesar de rígido e exigente, ainda era um ótimo professor. Sabrina não parecia achar o mesmo, tinha um certo desconforto com o Professor. Meredith não podia culpar a amiga, era quase uma perseguição contra ela. Nas aulas de Snape, Sabrina não podia ser nada menos que perfeita, e o Professor de poções, era Extremamente observador quanto aos seus erros.

Dan seguia as aulas de forma comum. Não se destacava entre os demais alunos, mas na Aula de Vôo, o garoto parecia ter nascido grudado em uma vassoura. Isso já era diferente de Meredith, que não conseguia subir três centímetros do chão sem se tremer e voltar a tocar o solo. Ela sempre teve medo de altura, e uma falta de habilidade e interesse absurdo por vassouras. Enquanto todas as crianças da sua idade e adolescentes queriam uma TempestFalcom, a vassoura mais rápida atualmente, Meredith queria algo que a manter-se mais presa ao chão possível. Já havia se passado uma semana desde o começo das aulas.

Meredith, por alguma razão, não havia entregado para nenhum Professor o pergaminho que pegou de Dan. Nem mesmo para Profa. Minerva, a quem considerava a melhor professora da escola. O pergaminho ainda estava lá, guardado com ela, pois não deixava ele no quarto, sempre ficava com ela. Não contou para Sabrina, disse que havia entregado um dia depois, disse o mesmo para Dan. Aquele pergaminho a intrigava, tentou várias vezes fazer ele ter outro efeito além de lhe insultar, chamar ela de "Cabeça de Escova" ou "Mini Projeto de Bruxa", isso além de vários outros insultos.

Meredith estava vendo o Treino dá Grifinória nesse momento, já que os treinos haviam começado mais cedo naquele ano por algum motivo que ela não sabia. Dan estava adorando aquilo, ele tinha um entusiasmo absurdo quando se tratava de Quadribol, tinha uma atenção e um brilho no olhar quando via os movimentos passes ou como diria Meredith "ou qualquer giro que esses brutamontes façam". Um dos jogadores passou rasante, quase cortando a grama, com a vassoura virada de lado.

– Caramba! Aquele cara realizou a manobra de corte russo! - Gritou Dan dá arquibancada.

– é meu irmão, Michael. - respondeu Meredith afundada em um livro criação de feitiços. - Ele está bem confiante esse ano, o Capitão do time vai se formar e ele tá doido pra assumir.

Sabrina que estava até agora do lado de Meredith, lendo outro livro sobre espíritos zombeteiros, mas prestando atenção ao treino ao mesmo tempo, falou.

– Fiquei sabendo que o primeiro jogo da Lufa-Lufa vai ser contra a Grifinória. - Ela virou de página e se acomodou no banco. - Não deveria ficar tão animado assim com a habilidade do adversário...

Dan de repente perdeu um pouco a animação. E ao longe vindo na direção deles vinha Marvolo, olhando para o treino da Grifinória com um sorriso desdenhoso. Ele parou de pé em frente a Meredith.

– Quando puder, vá falar com Corinne, ela já decidiu sua tarefa. - Ele estava segurando alguma coisa nas mãos, uma tampa de caixa. - Ela falou pra ficar com isso.

Quando Meredith virou a tampa, viu escrito o autógrafo de Gilderoy Lockhart.

– Que tarefa? - perguntaram Dan e Sabrina ao mesmo tempo.

– Não faço a menor ideia, isso é com Corinne. E não falaria pra vocês. Uma Grifana, um Lufano e uma Sonserina, que tipo de grupo aberração vocês são? Quer saber, deixa...

– Ele está incomodando, Mana?

Interrompeu Michael parado no ar, suado, olhando para Marvolo. Ele tinha o cabelo curto e bagunçado, dá cor de um castanho escuro. Os olhos eram castanhos escuros também. Ele era esguio e forte, diferente de Marvolo que era alto e magro, mas não forte.

– Não se preocupe, Brutamontes, já estou saindo. - Marvolo disse em um tom debochado.

– Melhor assim...

Marvolo que já estava saindo, parou de repente e disse quase em um sussurro.

– Quer mandar algum recado pra Corinne? - Voltou a andar, sem olhar para trás.

A expressão no rosto de Michael passou de impaciente para raiva em um segundo.

– Vá embora logo. - Disse ele sem delongas. Virou para Meredith e continuou. - Mamãe já sabe da situação da... Sonserina.

Meredith sentiu o estômago revirar naquele momento.

– E o que ela respondeu? - Perguntou.

– Até que nada demais, falou sobre conversar melhor no natal. A coruja chegou hoje então, ela levou um tempo pra responder...

– Obrigado, Michael. - Respondeu Meredith se afastando. - Estou indo pro corujal, alguém quer vir junto?

– Vou ficar e ver o Treino. - Respondeu Dan vidrado no alto.

– Adoraria ir junto, mas tenho que terminar de ler isso. - Sabrina olhou para o livro, cansada. Ela adorava ler, mas a perseguição de Snape fazia da leitura... Algo não muito agradável. - Talvez outra hora.

Meredith se despediu dos amigos e se foi. Depois de algum tempo chegou no corujal. E nem ela sabia o que foi fazer lá, não tinha nem uma coruja. Subiu as escadas circulares e sentiu um vento passar pelas diversas janelas do lugar. O chão era todo sujo de excrementos de coruja e esqueletos de ratazanas que foram servidas no almoço.

Ela olhou em volta, por toda aquela pedra circular cheia de janelas de pedra, sujo e frio. Não era o lugar mais agradável do mundo em sua opinião, mas era bom o bastante para pensar um pouco. Parou perto de uma das janelas, d ali ficou por um tempo, enquanto as corujas a olhavam emplumadas em seus cantos. Quando já tinha passado alguns minutos, Meredith sentiu algo roçar em sua perna. A garota olhou para baixo e viu um gato preto de pelo curto e surrado, e grandes olhos azuis. Ele estava se esfregando em suas pernas. Meredith o pegou e levantou em seus braços.

– Oi amiguinho, tá com frio? Aqui é bem frio mesmo. - Ela passou a mão na queixo do gatinho, que ronronou.

Meredith viu uma coleira vermelha com algo escrito, e preso a coleira, tinha um pequeno bilhete amarelo. Meredith pegou e leu.
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Espero que cuide bem dele.

Abraços

Gregory

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– Então você que estava dentro da caixa que meu irmão mandou. - Ela passou a mão na coleira e leu o nome. - Demiurgos... Nome bonito.

O gato se aconchegou mais ainda em seus braços e Meredith sentiu como se as preocupações fossem embora. Faltava pouco até o natal, até toda a família se reunir de novo, mas Meredith não estava mais tão preocupada.