Meredith Taylor: A Serpente de Hogwarts (PAUSADO)

Capítulo 13 - Gato Preto...

Meredith acariciava seu gato quando ouviu alguns passos atrás dela. Ela se virou para encontrar seu irmão Michael, suado e ainda vestindo as roupas de treino. Ele segurava uma pequena bola dourada nas mãos, parecia um Pomo de Ouro.

– Está se sentindo bem, Maninha? - Perguntou ele de semblante calmo, com um tom frio.

– Estou, só queria pensar um pouco. - Meredith estranhou um pouco, afinal, seu irmão nunca foi frio com ela.

Ele ergueu o Pomo e olhou bem para ele. Girou nos dedos, como se procurasse algo.

– Talvez isso possa ajudar.

Ele joga o Pomo no ar em direção a Meredith. Ela, sem soltar o gato, pega o pomo com uma mão. Por um instante ela não entendeu nada, mas em poucos segundo sentiu um puxão, teve que soltar Demiurgos, e seu corpo foi jogado para trás. Com um baque, ela sentiu seu corpo cair no chão e arrastar por ele, até parar. Meredith se levantou dolorida, como se tivesse forçado os músculos o dia todo. Olhou em volta, e não estava mais no Corujal, muito menos em Hogwarts. Rodeada por árvores e um tom obscuro, Meredith percebeu, estava na Floresta Proibida.

Sentiu um ar frio, incômodo, mais gélido do que o comum, algo familiar. De trás de uma das árvores saiu seu irmão, com um sorriso no rosto, um sorriso maldoso.

– Quem é você? - Meredith Colocou a mão dentro da roupa e puxou sua varinha. - O que acabou de acontecer?

O rosto dele começou a se dissolver, virar uma fumaça preta, logo seu corpo todo ficou coberto pela fumaça, e começou andar em volta de Meredith, como um vulto.

– Você não aparatou se é o que quer saber... - Sua voz era rouca e grossa, uma voz masculina. - A bola que eu te dei, ela leva a pessoa de um ponto ao outro com um puxão.

– Acho que é um brinquedo de única viagem. - Ela olha para o chão, perto de seus pés estava a bolinha dourada, amassada e soltando faíscas.

A fumaça começou a dissipar mostrando uma máscara branca saindo dela, e na borda do olho tinha pequenas pinturas, com uma grande lágrima negra caindo do olho. Suas roupas eram negras e cobriam cada parte do corpo, até toda a parte da cabeça que a máscara não cobria.

– O que Voldrick vê de tão especial em você? É apenas uma pirralha... - Ele para de andar, olha para baixo e vê sua perna direita presa em raízes que saíram do chão e se enrolaram nele. O homem misterioso olha para Meredith. - Acha que isso vai me...

Meredith dá apenas uma leve virada na sua varinha e as raízes apertam com força e torcem. O homem grita de dor e cai de joelhos, mas mesmo assim ele puxou sua varinha e disparou um raio verde cintilante contra Meredith, quase a acertando, entretanto a garota salta para trás de uma árvore, se salvando.

– Sua vadiazinha!!!

Ela olha para o homem e faz uma das raízes bater como um chicote em sua mão, jogando sua varinha para o alto. Meredith estende a mão, e só com o simples pensamento "Accio" a varinha foi direto para ela. O homem ainda preso urrava de dor.

Meredith começa a girar sua varinha e erguer ela aos poucos, e as raízes começam a subir e subir, passando da cintura do homem, indo pelo peito, até chegar na sua cabeça, cobrindo todo o corpo. Meredith ainda com a varinha dele nas mãos, a soltou no chão e pisou, a quebrando.

Olho em volta, árvores gigantes e para todos os lados que olha-se, ainda tinha somente árvores. Seria difícil voltar para Hogwarts, mas ainda podia fazer isso. Quando começou a andar, ouviu um barulho alto, como uma explosão. Olhou para trás e viu o homem para lá, a olhando, as raízes em pedaços em sua volta. "Ele estava sem varinha pensou" pensou Meredith. Ele ergueu sua mão em direção a garota, que começou a subir alto, sentindo um enforcamento, tentando puxar o ar para seus pulmões.

– Depois das coisas que seu tio nos fez. - Ele começou a andar manco até ela, com uma perna cheia de sangue. - Os experimentos, as magias... Nosso poder é maior do que possa imaginar, garota! E depois que nos livrarmos de você, será ainda maior.

Meredith tentou fazer algo, mas a varinha voou de sua mão para a de seu oponente. Não dava pra ver através da máscara, mas ela sabia que ele estava sorrindo.

Meredith estava sufocando, quase perdendo a consciência, quando de repente, a sua varinha que estava na mão dele, disparou um um fogo azul de sua ponta, acertando o olho com desenho de lágrima. Ele a solta chão e grita, perdendo o controle e fazendo Meredith cair, ela começou a tossir e respirar fundo, desesperada com a falta de ar.

O homem que havia perdido a visão de um olho foi furioso em sua direção, mas algo pegou sua perna e puxou ele, caindo no chão e sendo arrastado. Era um tentáculo negro saindo de trás de uma árvore, e logo saíram vários, grandes e negros, que se enrolaram nele. Ele tentou se defender soltando fogo de suas mãos e queimando eles, mas não aconteceu nada, ele continuou a ser puxado até ser levado para trás da árvore, onde gritou e gritou, mas então seus gritos pararam, e sangue começou a jorrar de trás da árvore, tanto sangue que deixava Meredith descrente, e depois partes do seu corpo começaram a ser decepadas e jogadas para longe. A cabeça mascarada foi arremessada e caiu em frente a Meredith, estava coberta de sangue e ainda jorrava um pouco de onde era pra estar seu pescoço. E tão rápido quanto começou, a carnificina terminou, e os tentáculos sumiram para trás da árvore como antes, sem qualquer sinal de que esteja ali.

Meredith fica em silêncio por um tempo, não sabendo o que fazer. Não queria fazer barulho, atrair atenção. Então ela ouve um pequeno som, e seu gato, Demiurgos, sai de trás da árvore indo até ela e pulando em seu colo. Estava tão calmo e aconchegado em seus braços, nem parecia uma criatura assassino. Pelo menos, graças a Demiurgos ela ainda estava viva.