Cidade da Baía

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Estranhas criaturas na cidade da baía chuvosa,
Vestindo pele humana,
Vestindo casamentos,
Um garoto terrence com corpo flamejante e alma triste,
Sonhando ser um artista de verdade.
O! eu sou azul revestido em vermelho.

Fiz um pequeno canteiro,
Eu o rego com o chorinho da minha alma.
Os dias mostram ser vazios,
A madrugada parece ser o único momento para sorrir.

Feliz só até o dia amanhecer,
Pessoas pintão em cérebros, condutas,
Regras dadas aos jovens amantes,
A cidade cansa qualquer sentimento.

As nuvens nunca param de chorar na cidade da baía,
Baleias derretem quando o ferro das gotas sangrentas tocam o mar,
O vento parece sempre espantar os pássaros,
Mal humorado ele sopra todos para os limites do condado.

Já eu, estou afundado na areia,
Não estou triste,
E nem tão pouco feliz,
Eu estou estagnado,
E toda essa areia está me sufocando,
Nem mesmo as ondas podem me tirar desse estado,
Nem mesmo o meu vermelho pode transformar em vidro aquilo que tanto me prende,
Para então quebrar.


-Leonardo Freitas Aguiar

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