Onze - A doce exploradora parte 2

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Um questionamento que me acompanha através dos anos

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Um questionamento que me acompanha através dos anos. Sempre me perguntei como eu conseguia colocar a cabeça no travesseiro e dormir depois de tudo que vi acontecer. Todos os pecados, sim, essa é uma história sobre pecados e pecadores.

Desde que Adão e Eva foram expulsos do seu paraíso por desobedecerem uma ordem direta do Deus pai todo poderoso que somos pecadores. Enraizado em nós como uma árvore doente que só é capaz de produzir frutos podres, não importa quantos galhos sejam arrancados.

Os cinco profanos carregam dentro deles cada um dos pecados capitais, mas neles sempre se destacaram os mais importantes e isso diz muito sobre. A inveja de Alexandra pelo amor que nunca será seu, Perseu e sua gula pelo poder, Andrômeda e sua luxuria pela liberdade inalcançável, a ira de Romeu por ser um bastardinho e Lyra o orgulho por achar que o mundo caia aos seus pés.

O pecado é algo tão nefasto, mas todos amam seus pecados, você ama os seus eu amo os meus, eles amavam os deles... É por isso que isso não é uma história de amor, voltando a bíblia o amor não pode ocupar os corações dos pecadores e dos amantes do pecado. Uma pergunta, meu caro amigo, você ama os seus pecados?

Alpes Suíços. Três anos antes.

O precipício que Lyra julgou ser, era, na verdade, uma enorme rocha firme coberta com, pelo menos, dois metros de neve; Abaixo dela sim, havia um precipício de onde podia se ver um enorme rio congelado. No alto, um falcão voava em círculos preguiçosos. Parecia um lugar pacífico...

— Deixa de ser covarde e vem logo... – Andrômeda voltou a lhe incentivar.

Curiosa, Lyra desceu lentamente pela pedra, sentindo as pernas ainda trêmulas pelo susto.

— Você quase me matou. – Disse assim que parou do lado da garota.

— Eu nunca me mataria, Lyra. Não de propósito. Agora eu posso te mostrar o verdadeiro lugar foda daqui.

Lyra observou toda a paisagem ocupada por desfiladeiros e montanhas e grandes locais de mata verde.

— Espero que não seja nada relacionado à altura. – Andrômeda ergueu os olhos retirando do bolso um cigarro.

— Ficaremos com os pés no chão, eu prometo.

Desceram cautelosamente por um caminho estreito e escorregadio de rochas e pedras pontudas. Nesse ponto a noite já está tomando a luz por completo. Curiosamente Lyra, não está preocupada em voltar, ela não quer voltar.

Andrômeda retirou do bolso seu celular, iluminando o caminho com uma luz que não é suficiente, mas parece ser uma boa opção.

De repente, a britânica para de caminhar e dá um sorriso de dentes perfeitos:

— Chegamos. – Anunciou alegremente.

— Eu não estou vendo nada. – Lyra prontamente cruzou os braços, já imaginando que era mais uma de suas piadinhas.

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