Tempestade Infinita - Stucky fanfic

Tempestade em Água

– Steve – chamo-o na tentativa de saber se ele continua dormindo. – Steve?

O silêncio me responde.

Na noite passada, tive um sonho estranho. Não foi um pesadelo, ou algo que me fizesse ficar de roupa íntima na frente de milhares de pessoas. Não deixa de ser um pouco constrangedor, mas sonhei que estava em um altar. Altar de igreja mesmo. Vestindo um terno escuro, enquanto Steve estava ao meu lado, com um azul-turquesa.

Havia um padre a nossa frente, bancos lotados de familiares meus e de Steve. Alguns dos nossos amigos. Resumindo, estávamos prestes a se casar. É uma coisa estranha, considerando que eu nunca imaginei me casando com Steve. Ou também posso ter esse pensamento guardado no fundo da minha mente sem eu mesmo saber. Não dizem que o nosso inconsciente conhece mais a gente que o próprio consciente? – bem, eu espero que alguém tenha dito isso, que eu não esteja inventando.

Durante a nossa cerimônia, tudo estava caminhando ok, normal. Steve estava com os dedos enlaçados aos meus, com um sorriso triunfante, e o rosto salpicado por algumas gotas de suor, devido ao nervosismo. Ele parecia o mesmo cara perdidamente apaixonado por mim.

O padre estava mencionando as últimas palavras, quando a porta foi escancarada com força. Tipo, um tornado empurrando-a. Bem sinistro.

Encarei a entrada com um semblante assustado, e os meus olhos colidiram com os de Wanda, entrando no meio da cerimônia com um vestido longo de costas nuas roxo.

– Bucky – apressou ela a dizer. –, eu sou o seu final feliz – terminou ela com um sorriso radiante, estacionando-se no tapete vermelho.

Minha expressão foi de choque, mas senti o toque de Steve ficar ainda mais firme, puxando a minha atenção para encará-lo.

– Eu também sou o seu final feliz, Bucky – revelou ele aproximando-se de mim ainda mais.

Wanda colou o rosto ao lado do dele, brotando de repente, e os dois me encararam esperançosos e cintilantes, aguardando por uma resposta minha.

– Não precisa se limitar a responder, Bucky – ouvi a voz da minha mãe. – Não se sinta pressionado a dar satisfações aos outros. Não se sinta assim.

Acordei com a respiração um pouco descontrolada, fitando o teto de madeira escura, com Steve ao meu lado, soltando pequenos roncos, tranquilo.

Pesquei o meu celular no criado-mudo, notando que passavam um pouco mais das cinco. Não havia nenhuma notificação, e assim, eu não perdi muito do meu tempo com o aparelho, levantando em seguida a caminho do banheiro.

Tomei uma rápida ducha, escovei os meus dentes, vesti uma roupa apropriada para passar o dia, e recostei na cama. Mirei a tela, e faltavam 20 minutos para às 6h.

Como Steve não respondeu ao meu primeiro chamado, ergo-me da cama novamente, e sigo em direção à janela. Olho para o mar, que no momento encontra-se apenas com meia dúzia de pessoas. Algumas sentando-se nas cadeiras de praia; outras tomando coragem para entrar na água com as suas pranchas de surf.

Há indivíduos correndo na calçada, e passeando com cachorros, com roupas de esporte e de cores chamativas.

– Bom dia. – Sinto os lábios de Steve pressionarem o meu pescoço com gentileza.

– Oi – respondo, virando-me para fitá-lo com um sorriso breve. – Dormiu bem?

Steve arqueia as sobrancelhas por um segundo, me olhando com travessura. Limito-me a rir.

– Melhor noite que eu tive há tempos – confessa ele, plantando um beijo em meus lábios.

Sinto o hálito de Steve em meu rosto, e tento esconder uma expressão de descontentamento. Nas comédias românticas quando os personagens acordam, eles não têm um gosto rançoso no hálito.