i can't help but love u.. {bruce wayne}

Capítulo 4. - Amor de Perdição

- Felicity. - a voz era pesada e arrastada. Bruce Wayne.

- Sim...- pobre rapariga não reparara que já era de noite e só se lembrava do constrangimento da última vez que encontrara Bruce.

- Já é para ir jantar. Não deves ter dado pelas horas passar, já vi que estiveste a ler. - sorriu.

- Sim... Estava na prateleira, chama-se "Amor de Perdição".

- "Amor de Perdição", hum? - Félix acenou - Já o li. Estás a gostar? - disse ao mesmo tempo que se aproximava até se sentar na cama junto dela.

- Sim. É um romance antigo, acaba por dar sempre ao mesmo. - sorriu enquanto fechava o livro prendendo os olhos castanhos escuros nos do Bruce.

- Estás a falar do final trágico? - perguntou, lembrando vagamente de como a história tinha acabado.

- Exatamente! - disse, entusiasmada. Era bom poder falar com alguém sobre livros, ou qualquer outro tópico que lhe chamasse à atenção. - A Teresa morre e o Simão vai de viagem para a Índia e surpresa morre! - Bruce riu-se, achando-lhe graça. Era tão bonito o som da sua gargalhada que Felicity não percebia porque é que ele nse ria sempre assim.

- Para além do final trágico - Bruce continuou com o sorriso no canto da boca - Que mais tens a dizer sobre o livro, Felicity?

Os olhos da rapariga iluminaram-se. Sempre odiára o seu nome, mas vindo da sua voz parecia tão mais bonito, delicado e suave, como um nome de princesa, de alguém importante.

- Eu gostei. - sorriu - O inglês é um pouco arcaico mas dá para perceber.

Bruce riu-se novamente.

- Depois há o triângulo amoroso, típico de romances.

- E não achas isso interessante? Saber como a personagem vai lidar com os seus sentimentos com ambas as pessoas. De saber o que é que faz uma pessoa ser escolhida sobre a outra? De como pode parecer fácil mas é tão difícil... Amar? - Bruce falou suave e lentamente, fazendo com que Félix se perdesse nas suas palavras. - Não achas? - perguntou novamente.

- Sim... Sim claro. Acharia isso tudo muito bonito e profundo se o fim não fosse acabar em morte e tristeza.

- Não gostas de finais tristes? - interrogou curioso.

- Nem tristes nem felizes, realistas.

- Interessante. - Bruce comentou sorrindo.

- Acho que devíamos descer o Alfred deve estar à nossa espera.

- Sim, é melhor.

E com isto ambos desceram.

*******

Capítulo muito curto, eu sei! Mas vou publicar um já de seguida! Espero que estejam a gostar!

Nota: Este livro existe mesmo e é um clássico da literatura portuguesa. Dá-se no décimo ano!