Corpo alma e coração

Confronto

Kagome

Acordei ouvindo a risada de minha princesinha toa animada, assim que abri os olhos vi Sesshoumaru e Yuna entrarem no quarto com uma bandeja de café da manhã no quarto. Sorri e me sentei ainda sentindo os enjoos e um pouco de tontura.

- bom dia mama. Papai disse que estava dodói. – disse Yuna subindo na cama e se sentando a meu lado.

- bom dia princesa. Sim hoje a mamãe não está muito bem. – disse acariciando seus cabelos. Apesar da comida parecer deliciosa eu não sentia vontade de comer.

- tome esse remédio antes de começar a tomar seu café. – disse Sesshoumaru me estendendo um comprimido pequeno.

- Sesshoumaru se eu estiver não posso tomar qualquer coisa. – respondi preocupada.

- falei com minha mãe, ela disse que este remédio não fará mal algum. Só vai ajudá-la. – suspirei, precisava confiar no meu marido. Peguei o comprimido o levando a boca e com um pouco de água o tomei, logo depois resolvi experimentar o café que eles fizeram com tanto carinho para mim.

Acabei passando a manhã no quarto acompanhada de Yuna e Sesshoumaru, os dois eram muito atenciosos comigo e estar em família era tão bom. Subitamente a tarde me lembrei da irmãzinha de Sesshoumaru, ela poderia estar aqui com a gente se não tivesse sido assassinada.

Depois do almoço fomos assistir a um filme e eu acabei pegando no sono outra vez, era tanta coisa na minha cabeça que eu me sentia sempre cansada. Quando acordei Sesshoumaru já não estava mais no quarto e a meu lado Yuna dormia tranquilamente, delicadamente sai da cama para não acorda-la e fui a procura de Sesshoumaru.

Ele provavelmente estaria no escritório e eu queria saber mais sobre a situação em que nos encontrávamos. Por mais que eu o procurasse naquela casa enorme eu não o encontrei e uma das empregadas mencionou que ele havia saído a pouco tempo. Desanimada segui para as escadas quando ouvi a campainha tocar.

Esperei uma das funcionária atender a porta para ver quem era e se precisaria atender a visita já que Sesshoumaru não se encontrava. Assim que a porta foi aberta me senti incomodada ao ver InuYasha entrando em minha casa, seu sorriso debochado e malicioso me fazia sentir ainda pior.

- o que faz aqui InuYasha? – perguntei me aproximando do sofá.

- queria ver com meus próprios olhos que você estava mesmo casada com Sesshoumaru. Você é realmente uma vadia, me pergunto sempre por que você teve de se envolver com ele? Por que teve de me trair e ir para a cama daquele desgraçado. – disse se aproximando enquanto eu me afastava.

- você é um idiota InuYasha. Quem lhe disse que eu estava tendo um caso? Você comprovou isso? Me viu te traindo? – perguntei irritada. Ele não iria me ofender.

- Kikyou sempre soube de tudo, ela abriu meus olhos para o tipo de mulher que você era. Confio em Kikyou e se ela disse é por que é verdade. Até mesmo aquela criança que esperava era de Sesshoumaru, sua vadia. – disse batendo na parede assim que conseguiu me encurralar, fechei os olhos com medo do que ele poderia me fazer.

- o único que foi um canalha aqui foi você. Foi você que me traiu primeiro, foi você quem não acreditou em mim, foi você que não teve confiança em si mesmo. Você é o único culpado de como nossas vidas acabaram, se confia tanto na sua noiva então vá ficar com ela, não tem sentido vir aqui me questionar na minha casa. – respondi o encarando, foi um grande erro, pois sua mão livre veio de encontro a meu pescoço o apertando e me tirando o ar.

- talvez eu devesse te matar não é? Você sempre vai colocar a culpa em mim sobre os seus erros, você poderia ter me feito um homem feliz se aquela criança fosse mesmo minha. Ainda estaríamos casados e vivendo bem, mas foi você quem jogou tudo pro alto ao me trair com Sesshoumaru, teria aceitado se fosse com outro, até poderíamos tentar outra vez. Mas sendo com ele eu não posso te perdoar. – disse apertando ainda mais o meu pescoço tirando todo o meu ar.