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Um click, um flash.

Andy pegou sua câmera e foi ver como estava sua última foto. Nada mau, pensou.

Colocou a câmera em seu peito e andou pelo parque em busca de algum quiosque.

Andou um pouco, até achar uma barraquinha que vendia batatas fritas. Pediu uma porção e esperou seu pedido chegar. Se sentou em uma mesa vazia e encarou o parque ao seu redor.

A Park suspirou cansada e triste. Deste a notícia da fuga do Jay, tinha passado duas semanas e as autoridades ainda não o acharam. Isso a perturbava de uma forma assustadora.

Queria evitar, queria deixar pra lá...mas como faria isso se seu monstro de infância está livre por aí pelo mundo?

Só de imaginar que o Park poderia fazer qualquer coisa que a machucasse outra vez, machucasse seu irmão de novo ou...até seu amado...a deixava com muito medo.

Com esses medos, algumas noites tinha pesadelo. Infelizmente, os sonhos ruins voltaram...

Porém, agora Hoseok sabia dos motivos e isso a aliviava de certa forma. E isso a deixava frustrada.

A dor, a culpa, a tristeza, a raiva... tudo voltava de forma mais intensa que antes, tudo por conta de suas cicatrizes que achou ter sido fechadas.

Tentava ser forte na frente das pessoas, mas sempre que chegava em casa e deitava a cabeça no travesseiro, lágrimas desciam de seus olhos.

      Cansa ser forte o tempo todo, cansa não se importa, cansa manter um sorriso no rosto e cansa fingir que está tudo bem.

      Acabou limpando uma lágrima que deslizou na sua bochecha por se lembrar de uma cena que aconteceu com si, bem no momento que a porção de batatas chegou. Comeu o que conseguia, quando se sentiu cheia, pediu a moça da barraquinha embrulhar a comida para levar em casa.

      Seguiu seu caminho voltando ao trabalho. Apesar da época do ano, as fotos saíam bonitas.

Nessa seção de fotos, Andy tirou foto mais da paisagem do que pessoas caminhando ou famílias se divertindo.

Enquanto tirava foto das árvores com neve nas folhas, sentia que estava sendo observada. Era horrível essa sensação. Queria acreditar que era coisa da sua cabeça, mas isso já estava a incomodando.

Quando pegou seu celular e viu o horário, colocou sua câmera no peito, arrumou a fivela da sua bolsa e foi para seu carro.

Já se sentia incomodada com a sensação de estar sendo observada. Queria chorar por estar se sentindo assim, mas respirava bem fundo e andava mais rápido até seu carro.

Pegou a chave do carro, destravando o automóvel, entrando logo em seguindo e fechou a porta. Encostou a cabeça no volante e ali se permitiu a chorar.

Odiava se sentir assim de novo, se odiava por se sentir fraca as vezes, uma inútil.

Tentava secar as lágrimas, porém mais dessas gotículas desciam de seus olhos.

Ouviu seu celular tocando, sabia que era Lisa ligando pra si. Suspirou ainda derramando algumas lágrimas, colocou a chave na ignição, ligou o carro e deu partida.

(...)

Antes da Andy subir para a sua sala, aproveitou que no primeiro andar tinha um espelho, tirou a base de maquiagem e passou nas bochechas, no nariz e debaixo nos olhos pra camuflar o vermelho nessas áreas locais.

Me Before You Onde histórias criam vida. Descubra agora