Na noite do dia seguinte estava Tyler trancado no quarto iluminado apenas com a luz que vinha do abajur. Ele escrevia algumas palavras em uma folha de caderno. Talvez era versos de alguma música que estava criando pra terminar o primeiro álbum de sua banda e poder divulgar pra todos como estava se sentindo, apenas com versos e melodias.
"Encontrei sua nova fraqueza. Agora sei o seu medo mais profundo."
Era ele. O homem que não possuía rosto. Agora ele estava mais vivo que nunca.
Mesmo não possuindo luz, aquele homem se destacava na escuridão do quarto.
"Agora posso controlar você mais uma vez, Tyler."
Tyler tentava ao máximo ignorar o homem parado em sua frente.
"E sabe o que é mais interessante?" Ele se aproxima do menino Tyler.
Olhou pra frente vendo a sombra negra bem próximo a ele apertando seu pescoço.
"Agora você está vulnerável." As mãos escuras e cinzentas não muito definidas do homem pressionava contra a sua garganta.
"Você sempre foi vulnerável e fraco mas agora está muito mais, pequeno prodígio. Eu penso em acabar com você antes que você encontre sua finalidade. Mas Prefiro ver todo seu sofrimento novamente."
A sombra escura tomava todo o ar de seus pulmões. Mas Tyler não desistiu de tentar prepugnar contra aquele que acaba com sua respiração.
"Eu não tenho mais medo de você. Eu não sou mais aquela criança que se escondia do escuro por baixo dos lençóis." A voz de Tyler saía de sua garganta com dificuldades.
"Mas deveria. Eu sou aquele que pode acabar com você em um estalar de dedos, mas não faço algo porque é bom ver sua alma suplicar por misericórdia." As mãos cinzentas se soltam de Tyler.
"Pois eu não irei me submeter a você. Você pode tudo contra mim mas eu resistirei. Isso é uma promessa." Os olhos destemidos de Tyler enfrentava o homem sem rosto.
"Não é assim que as coisas funcionam. Você logo verá que não poderá se impor, pois você é fraco."
"CALA SUA BOCA." Gritou com todo o ar restante de seus pulmões.
Poderia ser apenas algo de sua cabeça, mas todos objetos de seu quarto caíram como se tivesse acontecido um terremoto. Pensou tanto mas chegou a conclusão que era só coisa de sua cabeça. Ele estava ficando completamente louco dessa vez. Ou talvez não. Era uma incógnita.
"Isso não é bom, Tyler. Você começou a primeira etapa." O homem sumiu em meio a escuridão sem dá ao menos uma explicação à Tyler.
Lá estava o garoto Tyler sozinho novamente com seu caderno em mãos. Pensava na possibilidade de como vencer algo somente ele via e quais eram seus motivos de fraqueza.
Ele pensava demais 'como acabar com aqueles que rondavam em sua mente. Aquelas vozes? Como acabar de vez com ela? Mas se isso tudo for só alucinações?'
"Eu preciso voltar no consultório do Dr. Andrew?" Tyler se levantou da cama levando seu telefone.
Ele passava pra baixo os nomes de contatos que haviam na agenda do seu telefone até aparecer destacadamente o nome de Josh.
"Talvez seja ele?" Sussura. "É ele o motivo da minha fraqueza?"
'Para de ser louco, Tyler, não é ele.' Sua conciência conversava com ele.
"Mas e se for isso?"
Desceu mais a lista de contatos até ver o nome do seu psicólogo, o Dr. Andrew. Há muito tempo ele não ligava para esse número. Mas precisava mais do que tudo das palavras sábias de seu psicólogo.
O barulho da chamada de ligação deixava o rapaz tenso. Ouviu a voz rouca e surpresa do outro lado da linha.
"Alô, quem é?"
"Oi Dr. Andrew." Suspira deixando um silêncio. "Sou eu, seu paciente favorito...ou era." Sorriu baixinho.
"Tyler...Joseph?" Respondeu surpreso. "Há quanto tempo não escuto essa voz tímida. Aconteceu alguma coisa?"
"Lembra daquelas vozes e aquele homem?" Perguntou diretamente.
"É claro que eu lembro. Foi difícil você vencer delas."
"Eu não venci, Dr. Andrew. Eles voltaram a me atordoar." O tom de voz de Tyler haviam mudado.
"Então suas alucinações voltaram, Joseph?" Disse num tom de preocupação.
"Eles não são apenas alucinações. Eles são tão reais agora."
"Você anda tomando aqueles medicamentos?" Dr. Andrew descarta todo o fato de Tyler dizer que elas eram reais.
"Eu não tomo aqueles medicamentos há séculos desde que eu ia nas suas sessões de terapia."
"Então você mentiu pra mim por um longo tempo?" Ele responde pasmado.
"Foi necessário, Dr. Andrew. Espero que entenda." Suspira "Enfim, posso ir no seu consultório algum dia desses?"
"É claro, por que não? Você ainda é meu paciente favorito."
Voltar naquele consultório mais uma vez? Relembrar os velhos tempos de quando era apenas um menino assustado? Sentir o gosto ruim dos remédios passando pela garganta? Tyler não queria passar por tudo isso novamente, mas se for necessário ele passaria. Agora que todo aquele inferno da infância voltou ele terá que manter os velhos hábitos pois não tem a quem recorrer.
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When The Light Goes Out (Joshler)
FanfictionSentir um peso sobre seu corpo toda manhã quando levanta já é uma rotina normal para o garoto de Ohio. Mas Tyler tenta ao máximo manter a vida, sem pensar em um dia deixar tudo. O passado de Tyler é obscuro e até hoje ele sofre pelas consequências. ...