Velei o seu sono, rezei por sua saúde, chorei de medo. Era você, o meu pai. Te cuidei e te abençoei no pré-cirúrgico e, entreguei sua mão ao enfermeiro feito mãe quando entrega o filho a professora no primeiro dia de aula. Tranquilidade não era algo que eu podia sentir, por que era você ali, o meu pai. Mais ninguém! Quando ainda existia esperança pra tudo, peguei a sua mão inchada, afirmei que tudo ia ficar bem, que eu ia levá-lo pra casa... Não consegui. Me perdoe, meu pai, me perdoe! Apenas me perdoe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A parte que falta em mim.
Non-FictionMeu pai deixou esta vida num sábado nublado 28/05/2016, aos 52 anos, em decorrência da valvuloplastia.