Me acordaram no sábado 28 de Maio de 2016, disseram que eu estava atrasada (para o quê?). Painho tinha pressa, e partiu... às 11h30... sem que eu pudesse chegar a tempo! Sem que eu pudesse me dar tempo de processar impossibilidades. Esse "tempo" é falso, é desculpa, porque não estaremos nunca preparados para perder vidas, ainda que saibamos que a morte é para todos, não sabemos encerrar ciclos. Levamos muito tempo para aprender que chegou o tempo do outro, anos e as vezes uma vida inteira, tentando e buscando respostas que não vêm, nos cercamos de incertezas, de questionamentos, de medo, de culpa, impotência diante do sopro de vida. Mas esse sofrimento nos amadurece, nos permite crescer em novas versões.
Paciência! E coragem, pra ouvir o vazio. A dor vai surgir, resurgir, surgir de novo, mas vai passar! Vai chegar o momento de nos deixar respirar, e dormir, e comer, e abrir a janela, e arriscar sentar na mesa outra vez. De repente: surpresa! Você floresceu!
4 anos hoje que painho se foi e a Paz que excede todo entendimento me fez ter a certeza que a força se aperfeiçoa na fraqueza, na saudade.
Ah a saudade... painho, quanta falta tu faz! ♥️
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A parte que falta em mim.
Документальная прозаMeu pai deixou esta vida num sábado nublado 28/05/2016, aos 52 anos, em decorrência da valvuloplastia.