"Lauren era apenas uma garotinha de 16 anos quando teve seu coração partido pela primeira vez. Partido não, completamente despedaçado.
A partir daquele momento, todo o seu mundo se fechou para o amor e a sua existência virou um espelho real da amar...
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Acho que todo mundo já teve um grudinho na vida, não é? Pois bem, Lorenzo foi o meu. Todos os dias ele ia na lanchonete no mesmo horário, pedir o mesmo sanduíche misto com suco de laranja e implorar para que eu o fizesse companhia. Não vou negar, era tentador ter um cara tão gato, alto, forte e cheiroso me olhando com intensidade diariamente... Mas o voto que eu havia feito comigo mesma de não me apaixonar nunca mais, estava conseguindo manter meu coração longe das garras dele.
Lorenzo era engraçado, carismático e incrivelmente sociável. Com apenas algumas visitas à lanchonete, já havia feito amizade com minha mãe, meu pai e até mesmo com Alyssa. Um verdadeiro dom. Era também um ótimo ouvinte e não se importava quando eu reclamava da vida. Sempre ouvia pacientemente sobre as minhas frustrações, medos e inseguranças. Era como se não houvesse filtros entre nós, o que era super estranho levando em conta o pouco tempo que nos conhecíamos. Ele conseguia extrair tudo de mim, sem ao menos se esforçar.
Nossas tardes na lanchonete eram as melhores... Desde que ele começou a frequentar regularmente, nunca mais passei o meu intervalo sozinha na parte de trás, sentada nas escadas. Nós sentávamos em uma mesa escondida e falávamos mal dos clientes, morríamos de rir quando eles percebiam, fazíamos apostas insanas sobre "quanto o cliente mais pão duro iria gastar naquele dia", ou se "a mulher dos doces iria bater seu record, afinal" eram situações idiotas e nós sabíamos disso, mas era o que deixava tudo muito mais divertido. É que com Lorenzo era tudo sempre assim, fácil, leve... Ele era uma ótima companhia, mas era apenas isso.
Bom, taaalvez, não tenha sido "apenas isso". Não me julguem, ok? Eu estava há quase dois anos sem beijar ninguém, carente... Vocês entendem, não é?! Sei que sim. Pois bem, continuemos... Enzo e eu começamos a ter meio que uma amizade colorida, mas pra não deixar vocês perdidos, vou contar direitinho, como tudo aconteceu.
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Alyssa sempre foi bem mais sociável que eu e com poucos meses morando em nossa nova cidade, já havia feito amizade com metade dela. Chegava tarde e bêbada em casa, com os amigos buzinando na porta e perguntando sobre a próxima saída e sempre dizendo o quanto ela era o máximo. Sempre foi assim e de alguma maneira, nossos pais nunca descobriam nada. Alyssa tinha esse charme e habilidade natural para esconder as coisas desde pequena. Nossos pais nunca ficaram sabendo sobre suas escandalosas e imorais festas do pijama quando criança e muito menos, sobre suas saídas noturnas e bebedeiras em excesso na adolescência. Ela era como um gato traiçoeiro e encantador... Sempre conseguia o que queria, independente de quem e do que fosse, a resposta era sempre sim.
