Primeiro Capítulo

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- Eu disse a você quando me contratou que não faria lap dance.

- O que você falou foi que não faria lap dance para homens bêbados e suados. Ela não é um homem bêbado e suado. É seu vigésimo primeiro aniversário e seus amigos compraram uma dança pra' ela. Eles compraram você. Ou faça o seu trabalho ou saía do meu clube.

Ela olhou para o dono/gerente do clube com total descrença e horror. Seu rosto duro e cruel sorriu para ela em triunfo enquanto esperava sua decisão. Ela não sabia o que fazer.

Jennie Kim era uma policial disfarçada trabalhando como uma dançarina em um "Gentlemen's Club", embora ainda não conhecesse nenhum homem gentil lá. O clube era um centro no comércio local de metanfetamina, mas os investigadores não estavam tendo sorte em determinar quem estava realmente administrando as drogas ou onde eles estavam recebendo a poderosa droga. Um vice-detetive chamado Tom Dean estava trabalhando no clube nos últimos quatro meses como segurança, mas tudo o que sabia era que algumas das dançarinas estavam sendo usadas ​​como entregadoras. Após quatro meses sem pistas sólidas, foi decidido que eles precisavam de alguém disfarçada de dançarina.

Era incomum um policial ser escolhido para esse tipo de tarefa. Jennie sabia que não era por causa de suas habilidades de investigação. Ela só estava na polícia há dois anos e ainda tinha muito a aprender. Não, ela conseguiu essa missão por causa de sua aparência.

Jennie foi abençoada com um corpo esbelto e voluptuoso. Aos 24 anos, tinha a quantidade certa de curva em seu quadril e seios fartos que eram firmes e bem formados. Ela tinha o tom de pele impecável e cabelos pretos lisos de seus ancestrais coreanos. Embora soubesse que não era importante no grande esquema das coisas, Jennie sabia que ela era atraente.

Jennie trabalhava no clube havia uma semana e ainda se debruçava sobre o vaso sanitário vomitando seu orgulho e dignidade antes de começar cada turno. Para entrar no controle de tráfego e proteger cenas de crime não era uma transição fácil. Ambos eram potencialmente perigosos, mas em seu trabalho real, ela estava bem treinada e usava roupas e armas de proteção. Como uma dançarina exótica, ela tinha feito uma aula particular de dois dias em dança do poste e usava nada mais do que um fio-dental e saltos altos.

Fazer parte de uma importante investigação nessa fase de sua carreira foi uma espécie de golpe. Não tinha sido uma decisão fácil. A maneira como ela parecia em seu uniforme, com o cabelo puxado para trás em uma trança apertada, era totalmente diferente de andar por aí quase nua, com o cabelo comprido solto.

Depois houve o isolamento que ela sentiu. O departamento a instalou em um apartamento e ela tinha que ficar longe de seus amigos. A maioria dos quais eram policiais. Era como se ela estivesse de repente vivendo uma vida completamente diferente.

A parte mais difícil foi o verdadeiro trabalho secreto. Jennie gostava de seu corpo, mas se expor assim fez com que se sentisse deprimida e suja. Ela podia ver como alguns a achariam "libertadora", mas o dano ao seu auto-respeito não valia a pena. Talvez fosse diferente se ela estivesse dançando exclusivamente para mulheres, mas não tinha muita certeza disso.

Agora o dono queria que ela desse um lap dance em uma jovem mulher. O departamento não iria penalizá-la de alguma forma por recusar e ser demitido. Foi uma das promessas feitas a ela quando aceitou a missão. Ela poderia sair e ir para casa a qualquer hora, mas se ela fizesse isso, eles nunca esqueceriam e ela sempre se perguntaria se tinha feito a escolha certa. Seus superiores sabiam que ela era lésbica e Jennie sentiu que esta era sua chance de provar que seu "estilo de vida" não era um obstáculo para o trabalho. Uma mulher heterossexual em sua posição não deveria violar seus princípios mas os "poderosos" nunca entenderiam realmente porque uma lésbica consideraria dançar para outra mulher uma violação da integridade.

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