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Acordo as dez da manhã. Faço minhas necessidades matinais e vou para a cozinha. Minha mãe estava la tomando uma xícara de café, eu acho. A minha vontade é chegar ao seu lado e dizer tudo que eu sinto, em relação a mim, em relação ao Pedro, e finalmente dizer, Mãe. Eu sou gay! Mais eu não posso, não agora.

- Bom dia - ela da um gole em sua xícara - Dormiu bem?

- Sim... sim. E você? - essas perguntas eram essenciais de manhã, ou então minha mãe iria ficar mal humorada o resto do dia. Minha família é muito louca.

- Na hora que você sair, não esqueça de me avisar, e quando chegar lá também. - ele se preocupa muito. Mais isso é normal, pelo menos pra ela.

- Ta bom. Eu aviso - eu espero não esquecer, eu tenho uma cabeça de vento, esqueço das coisas muito rápido, principalmente nervoso.

- Já separei o seu dinheiro, ele está no lugar... - ela se refere a um lugarzinho que só eu e a minha mãe sabemos onde fica.

Minha mãe sai de casa e vai trabalhar. Ela geralmente saí por essas horas mesmo. Assim que ela saiu, fui para o meu quarto separar a minha roupa. Eu estou ancioso.

         Eu separei uma calça jeans preta rasgada, uma camiseta branca com alguns detalhes e um vans old school preto de cano alto. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Pedro marcando em qual shopping iríamos, ele só visualizou, mas espero que ele tenha gostado porque eu escolhi o seu shopping favorito.

           Entrei no banheiro. Deixei uma música ir tocando no Spotify, tirei minha roupa e entrei no banheiro. Sentia a água quente escorrendo em meu corpo, eu gostava muito daquela sensação, era ótima para a realidade que já estava vivendo, esquecer um pouco das coisas foi uma coisa boa. Porém eu não conseguia esquecer ele, a imagem dele não saia da minha mente.

    
                                 🍃

   
             Cheguei no shopping.  O local marcado para nos encontramos era na Starbucks. Me sentei em uma cadeira e mandei uma mensagem avisando ele e minha mãe que eu cheguei. Pedro estava demorando um pouca a chegar, então pedi um frappuccino e voltei a mexer no celular. Uns dez minutos depois vejo ele se aproximando. Aceno para ele me  localizar.

        - Oi - ele se senta. Espero que não fique me ignorando, não chamei ele aqui a toa.

       - Oi - só consegui responder isso. Mais eu tinha era vontade de agarrar ele ali mesmo.

       - Nossa, você nem me esperou pelo visto - ele olha para o meu copo de frappuccino quase no final. Você demorou, não posso fazer nada.

       - Desculpa. Eu vou pagar um pra você - eu me levanto. - Quer do que?

       - Jon, não precisa, eu trouxe dinheiro, posso pagar o meu - ele estava sério demais, mais eu não vou deixar esse rostinho lindo me convencer.

       - Tarde demais. - Vou até o caixa e pesso um frappuccino de baunilha, segundo a última vez que viemos aqui, esse era o seu favorito.

       - Toma aqui - entro o frappuccino para ele.

       - Obrigado, mais não precisava - ele nem foi bipolar agora.

      -  Agora vamos ao ponto. Vamos parar com isso? - dou os meus últimos goles do meu frappuccino.

      - Com o que exatamente? - Pedro cínico, certeza que ele sabe do que eu estou falando.

       - Com você me tratando assim. Com muita ignorância. - acabo com o meu frappuccino.

        - Ah... Talvez eu pare. - ai que ódio.  Não é só porque ele é muito lindo que eu não posso dar uns tapas nele.

        - Talvez? Você está falando sério?! - começo a me extressar

       - Sim... Eu não sei, é complicado. - Pedro minha paciência está se esgotando.

       - O que é tão complicado assim cara? Por que você está me tratando desse jeito? Você não me ama mais? - falo com os olhos cheios de lágrimas

        - Não! Não é isso! Eu amo você, pode ter certeza, eu só acho que.... - Ele se levanta e me da um beijo. Foi calmo, leve, não teve língua, mais foi ótimo.

       - Nossa... - fiquei supreso e um pouco sem graça, muitas pessoas nos olhavam.

      - Tenho que ir agora - ele se levanta da mesa. Mais que droga! Não vai agora. Eu não terminei ainda.

       - Mais... Agora não! Vamos ficar aqui mais um pouco. - eu não queria de jeito nenhum que ele fosse embora, não agora. Eu realmente queria outro beijo.

       - Mais a gente... Nós podemos ter uma amizade colorida? - quase ri, mais isso era serio. Eu topo.

       - Sim! - abraço ele com força.

       Ele saiu como se estivesse atrasado para alguma coisa. Estava meio estranho, mais deve ser pela nossa conversa. Aquele beijo significou muito pra mim. Significa que ele me ama. Eu estava muito feliz.

        Espera... Nós temos uma amizade colorida... Nós vamos ter que... Transar?!

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       OOIIEEEE.
GENTE MAIS UM CAPÍTULO PRA VCS. ESPERO QUE GOSTEM!
POR FVR NÃO ESQUEÇAM DA ESTRELINHA ☆☆☆☆☆☆☆☆

  

Entre os Heteros (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora