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09:05 da manhã do outro dia, depois da segunda vítima.
Terceira vítima.
Mercadinho da senhora Luiza, na esquina do hotel.
O sininho da porta toca, os dois pares de olhos seguem o som, uma garota de cabelos negros e sorriso suave entra, deseja bom dia a todos e vai rodando as prateleiras.
Ela examina todo o local e vê o seu próximo alvo.
Fernández Solomon Islands. 19 anos, traficante de drogas, assassino e acusado de estupro. Não tem família, além o irmão caçula, cuida dele mas o maltrata.
A pele dourada, olhos azuis, cabelo loiro sujo e longo, seboso e jogado para trás, olhar decidido.
Ele parece sentir pois olha na direção da garota, a mede de cima abaixo e mesmo por baixo de vários pedaços de panos, vê a beleza exótica dela. Sorri e acena. A mesma repete o ato.
Pega alguns salgadinhos e chocolates, vê algumas rações caninas e as pega.
Sai em procura de mais itens.
Fita crepe, uma machadinha, uma pá, saco plástico preto, e alvejante junto com outros produtos de limpeza.
Ao checar tudo no carrinho ela assobia uma canção de ninar enquanto se dirige ao caixa, o garoto manda a caixa sair e fica no seu lugar.
Ela vai tirando tudo do carrinho e o garoto arregala os olhos ao ver os itens. Os mesmos que ele sempre usou.
— Se não fosse pela sua carinha fofa e inocente, acharia que fosse matar alguém.– diz risonho e a vê sorrir.
Cartão verde. É oque ele pensa.
Ela mexe no cabelo e olha para o chão, nega e continua sorrindo. Ele aceita seu silêncio como timidez.
Ele encontrou a vítima perfeita para suas loucuras sádicas.
Seu sorriso galanteador se alarga e ela vê um brilho de sadomasoquismo em seus olhos.
O mesmo brilho que ela carrega nos seus.
— Qual seu nome?– o rapaz decide finalmente quebrar o silêncio.
— Akira.– sua voz sai baixa, indefesa e suave.
Ele imagina sua voz gritando pedindo para que pare, esconde sua ereção e meche nela achando que a garota não percebeu.
Babaca.
— Todos conhecem um ao outro aqui, e você, está de passagem ou decidiu ficar?– a curiosidade do rapaz o levou a isso.
Ele até estranhou, nunca quis saber coisas de suas bonecas, só as pega, brinca até cansar e descarta.
Louco.
Isso ele é de sobra.
— Ainda estou conhecendo os ares, sabe...– murmura e sufoca um riso.
O garoto a mede de cima a baixo novamente, seus pensamentos divididos entre matar, ou fazê-la si própria matar.
— Quer um guia? – pergunta.
As sacolas de compras já estão nas mãos da garota.
— Sim, me encontre na rua...
Ambos estão satisfeitos pelo seu plano estar dando certo, o alvo está na mira.
Ela só tem que puxar o gatilho.
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Hotel Dimorth.
22:00
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A Libertadora Das Trevas
FanfictionNão sei oque sou... Não sei quem sou... Não sei quem eu fui... A única coisa que eu sei, é que eu, sou uma assassina. Psicótica. Louca. Não sei quem é minha família, não sei se posso confiar nas pessoas ao meu redor, confiei, contei coisas, e fui pu...