Capítulo Seis

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[ ••• ]

Acontecimento passado.

O chão coberto de poeira fazia sua renite atacar, seu peito ardia pela dor do luto e medo.

— Ela não será sua.– o murmúrio de sua mãe a faz olhar entre as frestas do closet.

Uma risada seca e arrogante preenche o silêncio sepulcral.

— Ela vai ser minha, e para isso, você tem que estar morta.– o som de algo rolando e sendo cortado a faz temer.

Seu corpo treme e soluços irrompem sua garganta, ela de levanta e olha pelo buraco. O corpo da sua mãe caído e decapitado.

Seus olhos ardem, seu corpo formiga, ela grita e as portas de abrem. Um homem alto, branco, careca e barba por fazer entra na sua linha de visão. O sorriso macabro dele, o rosto coberto de respingos do sangue de sua mãe.

Ela fecha a mão em punhos e o homem começa a engasgar sangue. O sorriso continua e ele ri alto, tosse e cospe o sangue.

Os olhos da garota estão negros, negros como pixe. Sua face coberta por ódio.

O homem cai morto ao chão, passos nas escadas são ouvidos e o corpo dela vacila.

O ar, antes sombrio, se torna algo difícil de entender. Seu corpo cai em um baque seco, a cabeça bate com força no chão, a escuridão toma seus sentidos e o luto? Virou ódio.

Naquele dia, A Caçadora nasceu, naquele dia, Lúcifer teve oque sempre quis.

Uma arma.

Uma alma.

Uma vida inocente.

Ele teve oque sempre procurou na sua vida.

Sua filha.

[ ••• ]

No céu.

O anjo desce de seu vôo e a coloca delicadamente no chão da sala. A sua superior, Naomi, sorri satisfeita.

— Parabéns, Castiel.– o anjo sente seu peito doer.

Dois anjos aparecem e estavam prestes a pegar a garota. Sua espada escorrega pela sua mão, ele a aperta firmemente e sente seu pescoço arder. Os anjos arregalam os olhos e então várias explosões de luzes azuis cintilantes e brilhantes, dançam sobre o seu.

Seu rosto cheio de feridas, empurra o corpo morto de um de seus irmãos e guarda a espada. Segue até a garota e a leva no colo.

Um bater de asas é ouvido, logo a única coisa que sobre são corpos vazios largados ao chão.

[ ••• ]

Kansas, Colorado.

08:09 da manhã.

Pov: A Caçadora

Abro os olhos e puxo o máximo de ar possível, levanto num pulo e me vejo num quarto pequeno e velho. Paredes desgastadas. O rosa bebê, se encontra desbotada e com rasgos, a cama range abaixo de mim.

Fico em pé e quase caio, me apoio na parede e quando tropeço nos pés eu caio, minha cara ficaria esfolada, mas sinto um braço quente e grosso, circular minha cintura, grudando meu corpo no seu busto, fico surpresa e arregalo os olhos, os seus azuis me hipnotizam e eu tento sair. Falho.

Seu aperto fica mais firme e um sorriso de canto aparece, eu não sei porque, mas sorrio junto, minhas bochechas esquentam e eu escondo o rosto no seu pescoço.

Ele tensiona mas logo relaxa e me passa o braço pela minha cintura, eu passo o meu pelo seu ombro e, mancando, seguimos até sei lá onde.

Sento num sofá velho e a poeira sobe até minhas narinas, minha renite ataca e eu começo a espirrar e lacrimejar, coço o nariz e espirro novamente.

Ouço um riso, direciono meus olhos até ele.

— Você fica foda assim, sabe, mais humana, sem...— me olha e parece constrangido.

— Matar? Assassinar? Roubar e sei lá mais oque?– digo e rio largo.— Tudo bem, estou acostumada com essa palavras tão belas direcionada a minha pessoa, Castiel.– me xingo mentalmente por estar sendo tão humana com ele.

Argh!

Que ódio, oque deu em mim?

Olhando bem ao redor, percebo que as janelas são cobertas por plantas, nas paredes tem raízes invadindo a casa e não há mais nenhum móvel, além do sofá, uma mesa e duas cadeiras.

— Lugar legal.– murmuro.

O vejo sorrir alegre e se sentar na cadeira, se aproxima de mim e me analisa.— Obrigada...– depois de um tempo responde. — Oque você é, Lana?

Meu coração acelera, e tenho a impressão que ele ouve, finjo estar calma e desvio o olhar.— Meu nome não é Lana.

— É sim, Alana Genks Winchester.– acrescenta mais dois nomes e olha para suas mãos continuando.— Sumiu de casa com apenas 4 anos de idade, filha de Samantha Genks Queen, morta na própria casa e então, você foi dada como desaparecida e logo após, morta.– finaliza e puxa uma golfada de ar, sorri.— Tá com fome?

Volto a olhar em seus olhos descrente mas não aguento por muito tempo, seu sorriso me trás uma imensa vontade de sorrir junto.— Faminta. E então, oque vamos comer, meu caro anjo?

Seus olhos, antes alegres, se tornam nublados e neutros.— Ex anjo...– sussurra.— Quebrei uma regra e no futuro, vou pagar por ela, Lana.

Observo seus olhos brilharem e meu peito dói, me aproximo de vagar e sento ao seu lado, passo um braço por de baixo dos seus e ele os abre confuso, até eu estou confusa.

Deito minha cabeça no seu peito e começo a inalar seu cheiro viciante, o aperto e o mesmo logo retribui e assim ficamos.

Abraçados.

Até que ele perguntou algo que me fez lembrar de um tempo sombrio do passado.

— Alana... Oque você é?

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⏰ Última atualização: Apr 14, 2019 ⏰

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