o Misterioso Engano

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- A senhorita ocupada está pronta?

- Claro que sim Camily. Só colocar o sapato e podemos ir. Mas, primeiro me dê um abraço.

Minha amiga andando parece que está desfilando, muito linda! Uma mulher nos seus trinta e três anos, com um corpo de dar inveja a qualquer um, cabelo comprido cor de mel, olhos verdes e pele clara, sempre chamando atenção onde quer que vá. Deve estar muito animada, pois caprichou ainda mais no visual; uma saia curta e justa rosa, blusa de alças branca, sapato de salto nude que alongavam ainda mais suas pernas. Definitivamente um mulherão. Nos conhecemos quando crianças, morávamos vizinhas e desde então nunca mais nos afastamos. Estudamos na mesma faculdade, ela ADM eu enfermagem. Moramos a poucas quadras uma da outra.

- Estava com saudades amiga, está perfeita!

- Eu mais ainda, e você não está de se jogar fora, hoje a noite é nossa gata!

Piscando o olho pra mim, retribui o olhar de satisfação quando ela aprovou o que eu estava vestindo, optei por um macaquinho preto e uma sandália salto nude, para dar leveza ao meu visual,assim como a maquiagem. Como Camily deixei meus cabelos soltos.

Me olhando no espelho, fiquei satisfeita com minhas escolhas, afinal não gosto de chamar atenção.

Chegando no Pubs uns dos melhores lugares para tomar uma bebida e encontrar gente nova, procuramos e logo sentamos num lugar reservado que dava uma boa visão para o bar inteiro até onde ficava a banda que já tocava. Fizemos nosso pedido e logo fomos servidas.

- Só acho que você deveria abrir uma exceção, pelo menos hoje Emma, para de tomar água e pede algo alcoólico pra comemorarmos o meu novo contrato.

- Já estou comemorando com você, vindo até aqui, mas daí beber outra coisa não está nos meus planos. E você sabe que não estou acostumada com álcool e se tomar nem vou conseguir levantar amanhã pra trabalhar.

- Ok, eu desisto! Vamos dançar porque hoje eu quero me divertir.

Assinto e seguimos em direção a pista e começamos dançar. Nem vimos o tempo passar, tão entretidas com a música quando percebemos estávamos totalmente suadas e o bar lotado. Fomos pegar mais bebidas no balcão, fazendo meu pedido sinto alguém bem perto e o bendito perfume que não me deixou dormir a noite passada. Me viro e dou de cara com Arthur com um sorriso mais lindo do mundo.

Para Emma! coloque seus pés no chão e pare de frescura ele é apenas um Homem. Verdade , um homem interessante, lindo, cheiroso, mas é um homem !

- Oi Emma.

- Oi Arthur.

- Então, como passou a Senhorita Não Tenho Tempo Para Distrações?

- Muito Bem e o Senhor Direto ao Ponto?

- Bem também, mas me sinto melhor agora com você.

- Arthur! E aí como você está?-Camily já dando um abraço e logo em seguida cumprimentando o outro homem ao lado.

- Eric e você hein, sumido! Saudades de mim?

- Pelo jeito, foi um ótimo dia pra virmos aqui não é mesmo Arthur?

- Com certeza, não poderia ter feito melhor escolha. E você Camily, soube que fechou um ótimo contrato com a Industrias Oliveira, acho que teve que trabalhar duro para conseguir, tô certo?

- Nem me fale, foram meses de negociação. Mas, no final está valendo a pena.

- Que ótima notícia, deixe me saber se precisar de algo.

- Obrigada Eric, você e Arthur foram de extrema importância para que esse contrato fosse fechado.

 Mudando de assunto Arthur disse

-Que tal irmos dançar, meninas?

Não houve tempo de dar a resposta, fui puxada por Camily ela estava com Eric e eu com Arthur. Me esforçando para não deixar transparecer a atração que eu sentia por ele, e ele fazendo questão de deixar claro o seu desejo por mim, passou os braços ao meu redor e chegou mais perto a ponto de encostar minha cabeça no seu peito e me arrepiar com isso.

- Acho que não precisamos chegar tão perto.

- Por que não? Afinal estamos dançando e o ritmo da música pede isso.

- Ok.

- E então me diga o porque você não me ligou para tomarmos um café ou água? Não me diga que perdeu meu cartão?

- Não tive tempo pra nada, e o seu cartão eu realmente não sei onde coloquei.- Mentira, eu sei sim-

- Não tem problema, estamos aqui juntos e faço questão de dar outro à você.

Afastando uma mecha do meu cabelo que insistia em ficar no meu olho ele colocou com toda delicadeza atrás da minha orelha. Logo o meu corpo reagiu ao seu toque.

- Não preciso de outro cartão, mesmo assim,obrigada.

- Ah! você é daquelas mulheres orgulhosas, que não ligam pra nenhum homem para não ferir seu orgulho.

- Engano seu, se estou interessada eu ligo sim. Só não estou com tempo pra isso.

- Além de orgulhosa, mente mal também. Pois, é evidente que mexo com a sua cabeça, me interesso por você e mesmo assim não quer nos dar uma chance.

- Continua enganado, me dê licença preciso ir ao banheiro.

Soltando dos seus braços, fui rápido e direto ao banheiro só a tempo de ouvir Arthur falar.

- Não pode fujir!

Olhando meu rosto no espelho, percebo como ele está vermelho e queimando. Meu corpo parece uma gelatina. Nunca fiquei assim por homem nenhum, não sei o que está acontecendo comigo em não conseguir me controlar. O melhor é ficar longe, já que fui avisada por Camily que ele só se diverte uma noite e depois passa para a próxima num piscar de olhos. Ou talvez, seria melhor eu ceder logo e já tirar essas fantasias que insistem em me manter acordada a noite toda em como seria se estivesse em seus braços fortes, beijando aquela boca... Ops! melhor eu ir embora isso sim.

Quando saio do banheiro juízo recuperado, procuro por minha amiga, mas não a vejo. Arhur vem ao meu encontro como um deus grego e aquele sorriso de matar.

- Anjo está tudo bem?

- Tudo bem, só estou procurando Camy.

- Ela me pediu pra avisar que foi embora com Eric e prometi te levar pra casa em segurança.

- Me levar? Não, vou pegar um táxi assim como viemos. Pode continuar se divertindo.

- Quem disse que vou deixar a diversão se levar você pra casa? Nada me faria mais feliz.

- Você é insistente, mas mesmo assim vou pegar um táxi.

- Não mesmo, prometi a Camily e vou cumprir, que tal você parar com esse charme e me deixar fazer isso? - revirei os olhos e respondi-

- Fica tranquilo, digo a ela que sou a culpada.

Chegando perto demais, desliza uma das mão em mim e me diz:

- Entendi, não quer estar sozinha comigo em um espaço muito pequeno, pois tem medo de não resistir, não é? Vamos estamos perdendo tempo.

Andando em direção à saída.

- Não é assim. Prefiro mesmo ir de táxi.

Um movimento já estou de frente pra ele, com a sua boca na altura da minha.

- Se insistir em fugir, te levo no colo e te obrigo a entrar no meu carro. Você decide!

- Você não faria isso, faria?

- Sim, faria e ia adorar cada segundo minhas mãos em você.

Derrotada, fiz o que ele pediu.