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Muito nervosa, tomei até um chá para me acalmar, mas não está dando certo. Só de pensar que disse sim para um homem que me deixa com fraqueza nas pernas e outras coisinhas mais... Me repreendo mentalmente e abro a porta.

Quando me deparo com Arthur, esse homem está mais lindo, como é possível? Me recomponho e olho direto nos olhos dele, o desejo dele está palpável! Aos seus olhos me sinto nua, não sei como posso ser racional com esse jeito faminto que ele tem. Eric me faz sentir a mulher mais linda do mundo, assim fica difícil manter distância.

- Oi Eric! Só preciso colocar uma gargantilha e já estarei pronta. Entre!

- Perfeita! Você realmente está perfeita.

- Obrigada, você também não está nada mal, sente-se!

Pego a gargantilha na prateleira da sala e começo a colocar, enquanto ele senta no sofá de frente comigo, não tirando os olhos de mim. Por isso, me atrapalho toda e não consigo colocar e jogo de volta onde estava.

- Carambola!

- O que foi?

- Não é nada, não consegui colocar. Você quer tomar alguma coisa?

- Não, obrigado. Deixe-me colocar em você, vire-se.

Pegando a gargantilha, esito um pouco, mas depois me viro, para que ele colocar.

Ele afasta meu cabelo, roçando a sua mão em meu pescoço e ombro, sinto um arrepio que toma conta do meu corpo inteiro, e sem querer solto um suspiro. Não me conformo estar tão sensível com esse toque, parece que ninguém me toca a anos, não posso ficar demonstrando essa atração desnorteada que sinto por ele. Sinto a respiração rápida de Eric e percebo que estou ofegante também.

- Anjo, você tem um cheiro incrível e uma pele maravilhosa pra tocar.

Sentindo o vento de suas palavras em meu pescoço, direciono meu pensamento para alguma coisa que não gosto, para ver se esqueço do quanto exitada estou por ele, mas em vão. Não consigo pensar em nada, a não ser seu toque, sua voz e o desejo que ele demonstra ter por mim.

Termina de colocar minha gargantilha e passa levemente a mão em meu ombro. Ótimo, ele quer me deixar louca, mal sabe ele que estou louca desde a primeira vez que o vi.

- Obrigada, vamos?

- Tem razão, melhor irmos.

Aquela tensão que havia entre nós no meu apartamento, insiste em nos acompanhar no carro.
Vejo que ele aperta as mãos no volante com força. Será que ele ficou chateado com o que eu falei? Se for, ele é muito ignorante, ai sou eu quem tem que estar com raiva.

Depois de um tempo resolvoacabar com esse mistério.

- Por que está nervoso a ponto de apertar as mãos no volante? Ficou com raiva que eu sugeri sairmos?

- Hã? Claro que não, de onde tirou isso?

- Está calado desde o minuto que falei.

- Não é isso! Fique tranquila.

- Pois, acho que estou certa. É melhor fazer o retorno e me levar de volta, se estiver arrependido.

- Não estou arrependido e não vou te levar embora.

Para o carro no acostamento e me olha como se fosse me matar. E por incrível que pareça não sinto medo. Devo estar ficando louca mesmo, estou sem noção nenhuma das coisas.

- Emma, estou tentando ir aos poucos com você, e apertar as mãos no volante é uma forma de tentar me controlar para que eu não faça uma besteira e coloque tudo a perder com você.

o Misterioso EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora