Sem Atitude

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-- Eu sinto muito, mãe. - Eu estava ajoelhado ao túmulo dela " Aqui jaz Marie Rose Fellins ". - Eu... eu te amo.

Tudo aconteceu tão derrepente, primeiro Nick, depois a minha mãe. Pela primeira vez na vida, estou sozinho, sem ter a quem correr, sem um ombro para chorar.

...

Estão me acusando de tê-la matado, alguns alunos da escola disseram que eu era meio... " pertubado ". Eu não seria capaz, realmente não. Mais ninguém acredita em mim, NINGUÉM ACREDITA!

...

-- Max Fellins? - Era uma mulher, uma senhora, na verdade. Usava uma roupa social, tinha o cabelo preso num cóqui, e estava acompanhada de um homem grande, e com olhar frio, e... medonho.

-- Sim, quem são vocês? Como sabe meu nome?

-- Acalme se querido. Eu sou a Sra. Fosters. Viemos te buscar. - Os horriveis oculos brancos dela estavam na ponta do nariz.

-- Me levar para onde?

-- Pro Hospital Psiquiatrico de Lizville. Me acompanhe.

-- Não. - Acho que não teria escolhas. - Porque querem me levar para lá? Lizville é muito longe.

-- Só venha conosco, Max. Não te faremos nenhum mal, eu prometo. - Tinha um carro preto nos esperando, eu fiquei no banco de trás, acho que não deveria fazer nenhuma pergunta, mais não resisti:

-- Vocês pensam que eu matei minha mãe?

-- É... não, não é isso, querido. Queremos te ajudar a superar isso.

-- Não precisa mentir. Eu sei o que vocês pensam, e sei o que pensam de mim, sei o que pensam sobre mim.

-- Max, só queremos ajudar você.

Não dei uma palavra depois dessa frase, ou seja, dessa mentira.

...

-- Nossa. - Estava olhando pela janela, aqui é muito grande, acho que tinha dormido durante a viagem, e só acordei agora. - Sra. Fosters, e as minhas coisas? Eu tenho alguns livros que não gostaria de deixar para trás.

-- Seus livros já estão organizados no seu quarto. Junto com todas as suas coisas. - Saímos do carro, começamos a andar e paramos em uma porta " Quarto 401 ". - Esse é seu quarto, Max. Temos uma biblioteca e um pátio, e amanhã você tem terapia às 15:00, vista o uniforme e o jantar é às 21:00, enfermeiras irão trazer seus remédios e você tem direito a uma ligação por semana.

-- Ok... obrigado. - Entrei no quarto, havia uma cama branca e com um lençol azul, tinha também uma escrivaninha, com meus livros, um guarda roupa pequeno, e um banheiro. As paredes eram completamente brancas, e uma janela com uma vista do pátio, pessoas, pareciam pontinhos brancos, devido ao uniforme, resolvi vestir o meu também, tinha um pequeno papel com meu nome colado na parede, o café era às 10:00 e o almoço às 12:30; as ligação eram todas as quartas feiras, era por ordem de chegada e começava às 10:30, tudo bem.

Eu estava curioso em conhecer esse lugar, e ao mesmo tempo queria me isolar de tudo, o motivo por estar aqui.

Um dia, chego em casa e minha mãe está morta com uma marca de cajado no pescoço, e agora estou num Hospital Psiquiátrico.

Eu não queria fazer terapia ou algo do tipo, estava meio que feliz por estar aqui, ficar na minha casa me traria más lembranças, neste lugar, eu poderia tentar fugir do Richard, fugir daquela vida subliminar, aqui pelo menos, eu poderia fingir que era feliz.

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