Capítulo 2 - De Todas As Formas, Nunca Pensei Te Reencontrar Assim

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Seul — 1° dia

Acordei sentindo uma dor de cabeça inexplicável. Abri os olhos, apenas porque continuar com eles fechados não me fazia diferença alguma na dor, e na mesma hora estanquei. Por que no teto do quarto tinha um espelho e ao meu lado estava Jongin?

Virei a cabeça abruptamente e vi que Jongin estava coberto da cintura para baixo, com seu braço sobre o meu abdômen nu. Com os olhos arregalados, percebi que eu estava nu e que dormíamos em um quarto de... Motel? Deveria ser, porque aquela decoração de quarto não era uma decoração de um quarto de hotel.

Empurrei o braço de Jongin para o lado e o mesmo se remexeu, me dando as costas e fazendo o lençol escorregar para baixo de suas nádegas. Na mesma hora corei tanto, mais tanto, que minha dor de cabeça nem me incomodava mais.

— Meu Deus... Eu transei com o Jongin? — me questionei totalmente preocupado.

Eu não estava preocupado por ter transado com um homem, porque eu era bissexual e isso não me era um problema, eu não era mais virgem e já tinha dormido tanto com homem quanto com mulher, meu único problema era: Transar com Kim Jongin.

Cobri seu dorso nu e coloquei as mãos na minha cabeça, tentando puxar na memória o que eu tinha feito noite passada. Lembro de termos discutido no bar do Chanyeol e do Sehun, mas depois tudo se tornava escuro. Eu não lembro de absolutamente nada! Meu Deus...

Desesperado, levantei da cama e comecei a catar minhas roupas pelo quarto. Minha dor de cabeça voltou a incomodar e graças a isso eu nem sabia se estava vestindo minhas roupas mesmo. Eu só precisava sair dali antes que Jongin acordasse, porque eu não tinha coragem de olhá—lo. Eu só queria tentar reatar nossa amizade e não ir para cama com ele! Por que vida? Por que me coloca em situações complicadas?

Vesti uma blusa branca social, coloquei minhas calças, calcei meus sapatos e saí dali com a cara e a coragem. Nem me preocupei em pagar a estadia, porque aquele tipo de motel pedia a quantia antes de nos dar o quarto. Eu não queria nem saber como chegamos ali e quem pagou.

Saí do lugar e vi um táxi passando na hora. Fiz sinal e pedi que me levasse para a minha casa — dando o endereço é claro — e saí daquela situação tão inacreditável quanto o fato de ter reencontrado Jongin no dia anterior.

—x—

Eu estava sentado em meu escritório e vendo as papeladas de renovação de contrato do meu escritor preferido, Kim Jongdae, após toda a confusão que tinha sido meu começo de dia. O escritor estava na minha frente e esperando que eu fizesse minhas observações sobre suas vontades, mas eu não tinha nada a questionar. Jongdae sempre foi alguém fácil de trabalhar e tudo o que pedia era sempre muito dentro do contrato, além de seus livros sempre venderem muito bem.

— Não vejo problema em seus pedidos. — comuniquei. Eu estava com os olhos levemente franzidos pela minha dor de cabeça e sabia que aquilo estava fazendo todos os meus funcionários acharem que eu estava de mal—humor.

— Tem certeza? — ele perguntou receoso, provavelmente por culpa da minha expressão, e eu concordei. — Fico feliz, então. Gosto muito de trabalhar pra sua empresa.

— Nós também gostamos muito de...

— POR FAVOR! — ouvi a voz desesperada da minha secretária no mesmo instante em que a porta do meu escritório foi aberta de supetão e dela irrompeu Jongin. — Desculpa, senhor Do, eu tentei...

— Precisamos conversar! — ele a cortou, mas não era rude com ela e sim comigo.

— Deveria mostrar mais educação ou não percebeu que eu estou em reunião? — indaguei, tentando me manter frio, mas a verdade é que eu estava nervoso.

Fazer-Te Um BemOnde histórias criam vida. Descubra agora