Se imaginar fosse crime, não teríamos cadeia pra todo mundo.
Imagine!
É rapidinho e não custa nada.
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"E se fica tudo bem O final você já sabe Vem que hoje tem Tô morrendo de vontade De te agarrar, gostoso Como a gente faz"
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Segurando a taça de vinho enquanto maquinava formas de matar o noivo lentamente, Sn aproveitava a quentura agradável da água borbulhante da hidromassagem. A espuma fofa e cheirosa cobria o corpo da mulher e seu cabelo preso num coque, soltava fios que grudavam na testa, nuca e pescoço dela.
Na outra mão, um dos vários livros de Sidney Sheldon que ela tinha era sua leitura no momento. Dizer que ela estava com raiva era eufemismo.
Sn estava puta da vida e a culpa era toda de Rafael Alcântara. Seu noivo.
Tudo começara durante o trabalho enquanto ela corrigia alguns trabalhinhos pequenos de seus alunos e enquanto dava uma olhada num arquivo do celular, ela viu o Instagram a notificar sobre uma notícia de um perfil de fofocas catalão. A fofoca em questão era sobre uma foto de seu noivo, Rafael com uma ex ficante, Rafaella Santos.
Sim, a irmã do Neymar.
Sn não tinha nada contra a garota, mas era impossível manter a pose de linda e bela perto da outra. Sn reconhecia que Rafaella era filhadaputamente bonita e não culpava Rafael de ter ficado com ela. No lugar dele ela faria o mesmo.
E por conta disso ela não conseguia esconder a pontinha de ciúmes e insegurança toda vez que o nome dela era citado junto ao de Rafael. Ela leu a notícia com afinco, pouquíssimos sabiam de seu relacionamento com o meio-campista do Barcelona, ou seja, o mundo ainda achava que ele estava solteiro, ou na melhor (pior) das hipóteses, numa possível reconciliação com a ex. Sn não sabia dizer quais das ideias era mais agoniante.
E os dois se davam super bem, para deixar as coisas piores. Não que Sn fosse ser uma louca obsessiva e impedir o rapaz de ter amizades e ela sempre foi madura o suficiente para entender que seus namorados tinham ou poderiam ter uma relação amigável com as ex's namoradas.
Mas nenhuma delas era Rafaella Santos.
Sn riu da ironia, Rafael e Rafaella. O destino era um cruel idiota.
Voltando ao presente, Sn estava com raiva por dois motivos:
1º: Ao ligar para Rafael, o homem nem mesmo a decência de desmentir as histórias teve.
2º: Ele andava a ignorando há um bom tempo.
Na verdade a raiva dela era somente medo de perder o namorado. Não como uma adolescente ridícula, mas como uma mulher que tinha encontrado o parceiro perfeito para a vida, ela sabia que se fosse o caso, ela seguiria sua vida sem Rafael tranquilamente (bem naquelas), mas ainda sim, preferia não pensar na ideia. E ela era apaixonada por ele, tinha sido algo tão espontâneo e inesperado que ela não entendia o porquê de gostar tanto dele.
