Capítulo - Borderline

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Vitória:

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Vitória:

— 1,2,3 – conto os cortes que estou fazendo em meu braço, sei que não deveria mas isso me dá prazer, alivia meu sofrimento,  você nunca vai entender porque eu faço isso, só eu sei o que isso realmente me causa.

Meu namorado, Vitor, termino comigo nós ficamos só uma vez, mas ele disse que não dava mais,  eu o amava já tinha planos para a nossa vida. Olha, minha amiga imaginária riu de mim, mas disse que tudo ficaria bem. Não sei se realmente vou ficar bem, mas por enquanto eu vou fazendo, o que alivia meu prazer e meu sofrimento.

Talvez eu tenha tendência suicidas, talvez não, bom eu não sei, mas quero te dizer que a ponte que eu passo todos os dias para ir ao trabalho ela as vezes me chama para saltar dela. E eu nem sei te dizer pq eu ainda não pulei, as vezes ela é muito atrativa, sei que se pular dela não vou fazer falta a ninguém, sou um peso morto, e não faço falta a ninguém. Nem amigos eu tenho para começo de conversa, minha mãe é uma louca drogada, que não está nem aí para mim muito menos para os meu irmãos. Talvez algum dia eu pule daquela ponte, talvez não não sei.

Sobre o sofrimento me trazer paz, não sei te explicar, mas é uma droga viciante eu só consigo obter tranquilidade quando faço algo para me machucar, Olga, diz que tenho que procurar ajuda, mas como ela é uma coisa da minha cabeça não tem porque de eu fazer isso, sei que ela não vai me abandonar, e ela nem pode fazer isso já que foi eu a quem criei. Todos me deixam, meu pai me deixo quando eu ainda era bebê, meus namorados terminam comigo, meus amigos simplesmente não param de falar comigo, eu não tenho ninguém sou sozinha, até meus próprios irmãos não ligam para mim.

Sou tão idiota e imbecil ninguém vai me querer, eu também não iria me querer. A vida é uma droga e para mim é mais ainda, eu não tenho sucesso e nunca terei.

Sabe ... Meus braços são cheios de marca, de momentos que eu vive e vivo na minha vida, quando a dor do braço não era mais intensa, passei para as pernas, que atualmente não está mas me dando o retorno do começo, então quando eu não tiver a dor que eu quero e necessito, vou passar para as costelas, dizem que dói muito. Eu fiz uma tatuagem lá, mas não achei que doeu tanto quanto eles falam, mas pode ser que se eu cortar com mais profundidade doa realmente.

A tatuagem que eu fiz, diz muito sobre mim, e uma moça com os braços todo cortado, de cabeça baixa, com os cabelos tampando o rosto. Quando eu fui fazer ela o tatuador disse que era muito triste, mas ele não entendeu que ela é o que eu sou. A Olga também não gostou. Mas quem se importa com a opinião dela?  Ninguém.

Está tudo muito certo comigo, não sei se vou ficar bem, mas também não estou nem aí para isso.

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