Capítulo 31

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Me agarrei em seus braços e depositei minha cabeça em seu ombro. Estava só esperando um tiro nos matar.

— Me desculpe. — sussurrou.

Sem me soltar por apenas um segundo, girou nossos corpos e nos jogou dentro daquele “portal”.

Que droga, Coulson.

Precisei de um tempo para recobrar a consciência mas assim que o fiz avistei todos me encarando.

— Porque estão me olhando? — perguntei. 

Meu corpo estava extremamente dolorido. Rodei o olho pelo ambiente boa parte da equipe estava lá, com exceção da Bobbi. Bom, Mack e Yoyo estavam lá também, só que mortos.

— Nada… — Jemma falou e todos pararam de me olhar.

Incrível.

Coulson havia “acordado” antes de mim. Estava conversando com a Daisy em um canto e me olhando com um olhar que dizia “me desculpe”. Eu não posso culpá-lo, ou será que posso?

Na verdade se fosse o contrário, eu faria a mesma coisa. Eu também não posso viver sem ele. Ou melhor, até posso mas não quero.

— May… — veio andando na minha direção.

Ele não iria se desculpar, eu conheço o meu Phillip.

— Tudo bem — interrompo-o rapidamente.— Você fez o que achou certo.

Ajudou-me a soltar aqueles fios do meu corpo sem dar um “pio”. Nós saímos daquele mundo terrível porém os problemas estavam só começando. A Aida deve estar por aí, tentando se tornar humana com o darkhold. Tínhamos que detê-la e ainda acabar com todas as nossas versões robôs.

— A base está tomada por aqueles robôs — Hunter falou e foi instantaneamente interrompida.

— O termo certo é android.

— FITZ — gritamos todos juntos.

— Não é hora para isso — Coulson falou. — Continue Hunter.

—Com os poderes da Daisy temos uma vantagem mas mesmo assim, será uma luta difícil.

— Tem alguma ideia de quantos estão por aí? — questionei.

— Quando eu e a Bobbi invadimos tinha quase uns 30. Agora, eu não sei. — deu de ombros — Vamos todos morrer. 

Revirei os olhos. Tínhamos que pensar em um plano bom o suficiente para nos salvarmos.

— Alguma ideia Fitz? Você ajudou a criar essas coisas.  — afirmei.

Talvez eu tenha pego um pouco pesado.

— Eu não… — esfregou o rosto — Tudo bem. Podemos nos dividir em duas equipes igualmente balanceadas. Assim, vamos lidando com os robôs pouco a pouco até tomarmos a base.

Péssimo plano.

Todos pararam para pensar por um instante. Eu já havia refletido  o suficiente. Me permiti então me culpar pela morte de dois amigos. Se eu tivesse dirigido para outro lugar, eles teriam pulado e estariam vivos. Eu teria me sacrificado mas ninguém — além de mim — estaria morto.

— Não! — Daisy se pronunciou — Se eu aprendi algo com o Mack, é que em situações como essas não devemos nos separar.

— Está certa. — falei. — Chequem por aí se acham alguma coisa útil para nos ajudar nessa batalha contra androides e vamos tomar essa base. — dei ênfase no “androides” e olhei diretamente para o Fitz.

— Vocês ouviram a May. Ao trabalho! — Coulson falou.

*♡*♡*
O que estão achando?
Não se esqueçam de curtir, me ajuda bastante.

A Bibliotecária- Melinda May Onde histórias criam vida. Descubra agora