Um Vitral De Tardes Sem Razão

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O crepúsculo num caleidoscópio de reflexos

    Vidraças de prédios

        Vivo cada instante de vida

    Com um corpo que é meu e só meu

       Corpo-arcado

            Corpo-gente

que é o único que tenho e pelo qual serei lembrado

                        Corpo-pensante

Cheio de memórias que serão esquecidas

    E um pequeno maravilhamento de si se perderá

Seja daqui quantos anos forem

     Seja numa tarde ou manhã

                Seja são ou senil

Há de chegar

                       E por que questionar de certezas?

           Se nesse exato momento não parece 

Mais amarga que o agora

    Não como um desencanto da vida

    Mas como um encantamento na morte


Meu pulso constante marca a passagem do tempo e espaço

    A c e l e r a  se corro, diminui se paro

Acelera se encaro uma paixão

    Ma mente ou na frente do espelho

A minha imagem mais familiar é também vazia

  Uma expressão que demonstra onde estou

     Longe, longe, talvez perto, logo ali

        Viagem

                   de pluma

             de pena

                          de pelo

            Do Tapete Voador

    Da cabeça interior

Do ser inferior


As palavras batem como um tiro de canhão nas vigas de concreto armado que se elevam majestosamente acima das nuvens mais absurdas.

Desaba lenta e constantemente

    Como uma ampulheta

A montanha-russa da vida


de momentos bons e runs e de paranoias

Absorvem por completo o tempo

     Escolher navegar

             é uma escolha? ou necessidade mental?

          ou só necessidade?

   ou só?

             ou junto?

             São as coisas eternas ou só ciclos?


E que diferença faz?

quem te consola?Onde histórias criam vida. Descubra agora