Louise
Sentada ao sofá de meu apartamento, debaixo de cinco cobertas, de pijama e sem motivação alguma para continuar o dia, me encontrava, depois de explicar a Ryan o ocorrido no ateliê - Sem contar, claro, do porque de todo meu desespero. - Ryan me deixou em casa acompanhada por Simon, já que o mesmo teve que ir até o seu novo hotel analisar todos os processos da festa, preferi ficar em casa, aos prantos, pensando sobre meu incerto futuro.
Todas as possibilidades haviam passado por minha mente e em todas elas ser mãe não combinava com meu ser livre, deveria contar para Ryan, com certeza, o filho também é dele, porém, como dizer que estou grávida, com medo de como será sua reação, e se ele rejeitar, serei eu mãe solteira? Não era esse meu plano, não era assim que queria meu futuro.
Simon estava sentado à mesa da copa desde que chegamos, ele não tira os olhos de mim, vez ou outra vem perguntar se quero algo, o pedi para não comentar de minha crise com Ryan, ainda não estava preparada para contar para ele.
- Louise. - Simon me chamou tirando me de meus pensamentos. - Lhe fiz uma xícara de café. - o mesmo se direcionou até mim, com minha xícara favorita em mãos.
- Obrigado Simon. - disse limpando as lágrimas com as costas da mão, estendi minha mão e peguei a xícara quente.
Simon sorriu, um sorriso pesado, preocupado. - Desculpe me intrometer, mas, você não pode ficar aí sentada chorando o dia inteiro, você é forte e o que quer que esteja acontecendo, vai passar.
- Obrigado por essas palavras Simon. - minha voz saiu embargada e Simon se direcionou até mim me envolvendo em um abraço apertado.
Por meros segundos pude dispersar de mim todo aquele desespero me afogava, todo o medo consumia meus pensamentos positivos, toda a a insegurança corroía meu ser. Entre aqueles segundos abraçada a Simon consegui pela primeira vez imaginar situações agradáveis, onde Ryan me achegava a seu peito e seus olhos brilhavam por lágrimas cobertas de felicidade, pela primeira vez, senti um pingo de esperança brotar no fundo do minha alma amargurada.
Fechei os olhos e imaginei uma pequena semente, fruto do nosso amor, essa semente se transformou em uma criança e naquele instante senti a maternidade inundar meu ser de total esperança e amor.
Simon se distanciou de seu abraço apertado e me encarou. - Espero que fique tudo bem Louise.
- Vai ficar Simon. - respirei fundo e me levantei mesmo com medo e insegurança. - Se não ficar, dou meu jeito. - sorri para Simon e corri até as escadas subindo até meu quarto.
Adentrei a meu quarto e peguei meu celular rapidamente discando o número de minha mãe, se tinha uma pessoa em todo esse mundo que com certeza teria palavras de conforto para me ajudar nesse momento de minha vida era dona Rose.
Coloquei a chamada no viva voz e corri até o closet com o celular na mão enquanto ansiosamente esperava minha mãe atender, após alguns segundos a voz terna de dona Rose ecoou pelo audio de meu celular.
- Minha filha, achei que que tinha esquecido que tem mãe. - Mamãe disse calma.
- Claro que não sua boba, não tem como esquecer de você mamãe, nem se que quisesse. - sorri tirando minhas roupas enfrente ao grande espelho da porta do armário.
- Fico feliz que não vá me esquecer. - dona Rose pronunciou em puro sarcasmo.
- Estou com tanta saudade mamãe, preciso tanto de você aqui, você é a única que com certeza vai saber me tirar de toda essa angustia. - disse com voz totalmente embargada, sentindo uma lágrima solitária escorrer por minha bochecha té meus lábios, encarei me ao espelho de lado e pude contemplar um pequeno rastro de minha gravidez, minha barriga estava crescendo.
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Por um acaso
RomancePLAGIO É CRIME ! (Conteúdo adulto, linguagem inapropriada) Filha de empresários muito bem sucedidos, Louise sentia que sua vida era muito pacata, quieta. Ela queria aventura, queria saber como era viver fora da aba de seus pais e foi isso que fez, s...