Por um acaso

Mesmo em meio à turbilhões, sim (Capítulo 45)

Dica de ouro: ouçam a música da mídia lendo o capítulo, faz muita diferença!!! 

Louise

O sol quente da Itália se levantava com esplendor, a vista alaranjada sobre meus olhos estava incrível e trazia consigo paz inexplicável, havia me levantado a pouquíssimo tempo e desde então não saí da janela, queria um momento de paz comigo mesma, queria desfocar dos problemas obscuros que me rodeavam, e vislumbrar uma bela paisagem sempre me fazia entrar nos eixos, era como meu ponto de paz. 

Tirei meu olhar da vista e o levei até a cama onde Ryan dormia, ele estava preocupado, passou a noite no escritório e mesmo quando veio se deitar não tirava os olhos do celular, ele estava ainda mais sobrecarregado e me sentia aflita por ele nessa situação. Inclinei a cabeça reenconstando-a à minha mão direita como uma boba apaixonada o encarando, faltava babar. Não havia dúvidas, ele é o homem da minha vida, a meses atrás isso jamais se passaria por minha mente e hoje estou aqui, gritando aos quatro ventos meu amor por Ryan Campbell. Soltei uma leve risada pensando em minha vida solitária a meses atrás e na reviravolta que havia acontecido na mesma até hoje, fechei os olhos e consegui recordar cada lembrança, desde o primeiro dia que encontrei com Ryan.

Abri os olhos saindo de meus devaneios e me levantei, a passos calmos andei até ele, me sentei ao seu lado, e observei cada um de seus traços tentando imaginar uma criança fruto do nosso amor, com os cabelos castanhos claros, olhos de azuis intensos como os do pai. Em minha mera opinião, a criança mais linda do mundo. Passei a mão por sua testa em um gesto de puro carinho e Ryan pareceu sentir, a respiração que antes era calma tomou um ritmo normalizado e ele abriu os olhos de cor azul claro o qual tanto amava, podia apostar meu rim que meus olhos brilhavam como dois pontinhos de luz. 

- Bom dia meu amor! - minha voz era calma, leve. 

- Bom dia mi bella. - a voz de Ryan estava em seu tom rouco matinal. - bom dia figlio. - Ryan levou sua mão ao chambre e o desamarrou, vislumbrando meus seios nus e ventre exposto. 

- Filho? - arqueei a sobrancelha o encarando. - Como pode ter tanta certeza? 

Uma risada mega gostosa saiu da garganta de Ryan e ecoou pelo quarto.

- Sabendo, será um menino forte como o pai! - foi minha vez de rir. 

- Ou uma menina tão inteligente e teimosa quanto a mãe. - fiz a linha convencida. 

- Nesse caso ficarei louco mais rápido do que imaginava, mio Dio. - soltei uma leve risada, o sotaque italiano mega gostoso de ouvir me levava as nuvens. 

- Acho melhor se preparar. - voltei a o acariciar. - Papai Ryan. 

Ele levou a mesma mão que desamarrou o chambre a meu ventre e o acariciou, com tanta delicadeza que parecia ter medo de me machucar. 

- Estou mais preparado para isso, do que para qualquer outra coisa em minha vida! - Ryan encarava meu ventre em admiração. 

Foram instantes finitos, mas com dimensões avassaladoras, nosso amor se fazia tão intenso e presente que poderia ser até mesmo palpável. 

Odiava estragar os momentos românticos que Ryan adorava construir, mas a dias meu corpo implorava por toques de Ryan, por madrugadas regadas a gemidos afônicos e guturais. Era uma necessidade que já estava me sufocando e não aguentaria mais nem um dia, o queria de forma até mesmo possessiva, seus dedos roçando em minha pele quente, nossas bocas uma a procura da outra, nossos corpos procurando se satisfazer, precisava disso! 

 Devagar passei a mão por meus ombros deixando o chambre cair por completo a cama, meu corpo totalmente descoberto chamou a atenção de Ryan que estava voltada a meu ventre, seu olhar foi diretamente em meus olhos que estavam tomados por luxuria. Mordi meus lábios procurando o provocar.