She's a Loser, She don't Love me ▪ Jinho

46° • He ¡

Os alunos viram uma garota e um garoto perto dos corpos desmaiados de outros cinco alunos do nosso colégio, mas foi só isso.

É meio trágico, mas todos eles acabaram no hospital.

A Arih queria levar flores para o Chul, mas eu consegui convencer ela a não fazer isso.

As semanas se passaram e depois da alta deles, não nos encontramos com tanta frequência quanto antes pelos corredores.

Depois de muito adiar, convidei a Arih para ir até a minha casa tomar um cafézinho e para a minha surpresa ela aceitou.

Ela disse que o restaurante não abriria sábado porque o pai dela teria uma visita importante, então estava livre.

Eu estava na farmácia, pegando um cházinho de maracujá para acalmar meus nervos, enquanto meu pai conversava com alguns dos amigos dele de outras farmácias e Yanan atendia uma cliente loira que usava o uniforme do meu colégio.

Eu não havia a reconhecido até vê-la puxando um pacotinho de balas sem açúcar para dentro da manga do casaco.

Acho que eu vou fingir que não vi isso em troca da ajuda que ela deu junto com Hongseok.

Depois que ela saiu, Yanan me chamou com a mão.

- Por que seu pai está perguntando sobre vagas nas outras farmácias? - perguntou, enquanto pegava minha caixinha de chá.

- Para ajudar uma amiga minha.

- Você está no último ano... O que pensa em fazer depois do colégio? Ainda não entendo porque não é você que trabalha no meu lugar.

- Eu não me dou muito bem com medicamentos. - respondi. - Os nomes são muito difíceis e ainda tem que saber para que serve e como tomar. Ah não. Muito chato.

- Eu estou ouvindo, Jinho. - Meu pai se aproximou e eu encolhi os ombros. - Há uma vaga na farmácia perto do seu colégio. Me mande o contato dessa garota o quanto antes.

- Beleza! - falei, buscando meu celular para poder ligar para Hongseok.

Depois de resolver isso, saí da farmácia e fui para a nossa casa, que ficava ao lado dela.

Minha mãe estava reclamando de mim, na sala, para as amigas dela.

- Mãe. - chamei ela.

- O que foi? - perguntou, sem noção dos ouvidos alheios.

Apontei para a cozinha e ela me seguir até lá.

- Você lembra que eu disse que traria alguém aqui? - Ela me olhou estranho. - Você esqueceu, né? Bom, ela vai chegar logo então...

- Ela?! - Foi tudo que a mais velha ouviu. - Uma garota?! Que?!

- Sim! Uma garota!

- Não acredito! Meu Jinho tem namorada! O que mais você esconde da mamãe?!

- Mãe. - Apontei para a porta da cozinha, onde as amigas dela estavam.

Todas com as orelhas com o dobro do tamanho, ansiosas por uma novidade.

- Vamos embora da minha casa! - Minha mãe berrou. - Meu filho vai trazer a namorada!!!

- O que?!

- Não acredito!!

- Nossas preces foram ouvidas!!!

As quatro saíram pela porta igual um furacão.

Fui em busca da chaleira para poder ferver a água e fazer meu chá.

- Não faça nada que eu não faria. - Tomei um susto ao ouvir a voz dela novamente.

Quando olhei para ela, a mais velha piscou para mim e sumiu atrás da parede.

Esperei ouvir o barulho da porta para voltar minha atenção para a chaleira.

A Arih vai vir aqui hoje! Preciso trazer o Hamtaro aqui para a cozinha!