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Eu não sabia se ficava feliz, pela Arih ter cozinhado para mim, ou triste, pela escolha de prato que ela fizera.

Jjajjangmyun, o prato favorito dos solteiros para o Black Day.

Tá certo que hoje não é Black Day, mas talvez ela realmente tenha escolhido esse prato de propósito.

Fui rejeitado de novo.

Kya! Vou chorar!

Suguei a lágrima invisível dos meus olhos antes que a Arih pudesse notá-la e devorei a comida dela, fingindo que aquele era o primeiro prato que ela cozinhou para mim depois do nosso casamento.

- Estava muito delicioso, querida.

- Que? - Senti meus pelos se levantarem com o tom dela.

Ela me olhava com um olhar assassino, enquanto segurava os hashis como se fossem uma espada pesada.

- Desculpe. - pedi, encolhendo os ombros.

- Arihee, quem é esse? - Um senhor de idade acompanhado por outro senhor de idade entrou no restaurante e se dirigiu até a nossa mesa.

A garota o olhou com desprezo e os dois começaram a rir.

- Vamos, vamos. - O pai dela se aproximou. - Não a incomodem hoje. Arih teve muito trabalho na escola.

Será que ele está se referindo a mim?! Eu dei trabalho a ela?! Afnal, ela teve que ir até lá me salvar!

Enquanto o pai dela levava os homens para longe de nós, conversando sobre um novo prato que ele adicionou ao cardápio, Arih se levantou e amontoou nossas tigelas e copos em uma pilha para levá-los até a pia do local.

A segui correndo e me curvei para ela.

- Muito obrigado, Arih. Por me salvar e também por me trazer até aqui. - Me ergui e observei para as costas dela enquanto a garota começava a lavar a louça que estava empilhada na pia.

- De nada. - Ela falou em um tom baixo, sem se virar.

Sorri animado e me ofereci para ajudá-la com a louça.

- Não precisa. - garantiu. - Acho que já está tarde. Você tem que ir.

Olhei para os meus pés e mordi o lábio inferior com força.

Eu realmente não queria ir. Era como se eu estivesse prestes a acordar de um sonho maravilhoso.

- Cuidado para não se meter em problemas no caminhos de casa. - Me avisou enxaguando um conjunto de talheres.

- Você podia me levar. - sugeri, com um sorriso enorme.

Ela olhou para trás com desdém e eu desmanchei o sorriso na mesma hora.

- Desculpe. - Me afastei, rindo da reação dela.

Pensei ter visto um pequeno sorriso se formar nos lábios dela antes que ela se virasse totalmente para a pia.

Eu estava imaginando coisas?

Passei pelas mesas sem ser notado pelos mais velhos e quando cheguei na rua, coloquei uma mão no coração sentindo o mesmo bater descontroladamente no meu peito.

Voltei para casa saltitando como uma gazela e, por sorte, não vi nenhum Chul no caminho.

No meu quarto, me joguei na cama lembrando de cada detalhe desse dia. Esse dia maravilhoso em que a Arih veio, cavalgando em sua calça de ginástica, me salvar, como se eu fosse a princesa dela.

Apertei o travesseiro o mais forte que pude.

Eu amo ela. 



She's a Loser, She don't Love me ▪ JinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora