[Finn P.O.V]
- Mas, Sadie...- "Mas" merda nenhuma, Finn. Vocês vão ajudar ela? Então eu também vou. - Ela diz ríspida.
- Droga, Sadie. - digo fechando a cara e ela logo me lança um olhar vitorioso.
- Sabia que você não ousaria me contrariar, irmãozinho. - ela levanta e deposita um beijo em minha bochecha, me fazendo continuar emburrado.
- Boa noite, Finn. Vou dormir. - Ela diz virando as costas para ele e indo para o quarto.
Me ajeito no sofá.
- É bom mesmo. Já que quer ajudar, marquei de encontrar o Noah amanhã cedo. - digo olhando falsamente para minhas unhas ruidas enquanto esperava ela se arrepender.
Ela para e se vira para mim.
- Você joga baixo, Wolfhard.
- Eu não queria fazer isso, mas como você insistiu... - digo já declarando vitória, até que ela se vira em direção ao quarto.
- Sem problemas, obrigada pelo aviso. - ela diz sem olhar nenhuma vez para trás e vai em direção ao quarto.
Comecei a trocar os canais descontroladamente sem saber o que eu estava procurando. Sabia que ela estava blefando, ela iria inventar algo de última hora como sempre fez com as suas responsabilidades. Daqui a alguns minutos estaria reclamando de cólica ou de alguma dor repentina, só era questão de tempo.
Desliguei a TV e me deitei no sofá olhando para o teto. Aquilo seria o certo a fazer? Não sei se daria certo, mas eu preciso tentar. Ela vai acabar cedendo uma hora ou outra e é questão de tempo. Nunca me arrependi tanto sobre algo e vou fazer de tudo para tê-la de volta. Se é que um dia eu a tive.
FLASHBACK ON
[Millie P.O.V]
Havia acontecido problemas no vôo dos meus pais e Natalia havia ido embora a uns 15 minutos deixando seu ótimo conselho "use proteção", lançando uma piscadela para ela, me fazendo corar imediatamente já sabendo das perguntas do dia seguinte. Não tínhamos um relacionamento sério ou algo além de carinhos e beijos, o que era bom já que não interferia de modo algum na nossa amizade. A famosa amizade colorida.
Ele nunca havia dado iniciativa para algo além, mesmo sabendo que ele cogitava em me pedir em namoro ou iniciar algo sério, mas ele logo desistia. Já tentei de todos os modos incentivar ele a continuar, mostrar a ele que eu iria aceitar, mas ele nunca perceberá nada. Burro. Eu teria que ter iniciativa. Até por que se eu quero, não preciso que ninguém tome iniciativa por mim.
Estávamos assistindo um filme sobre um adolescente paranóico aspirante à psicopata, enquanto as palavras de Natalia ecoavam na minha cabeça. Seria necessário? Será que algum dia chegaria esse momento?
Pedi licença e fui para a cozinha, precisava comer algo doce, já que não podia comer o Finn.
Peguei uma caixa pequena com morangos e peguei os materiais para fazer um chocolate. Achocolatado, leite condensado, manteiga e leite.
Peguei uma panela média e joguei todo o leite condensado, algumas colheres de achocolatado, uma colher cheia de manteiga e bem pouco leite. Botei no fogo médio e comecei a mexer com uma colher de pau. Por que ele simplesmente não poderia entender meus sinais? Por que ele não consegue ver que eu quero? Aqueles pensamentos ecoavam em minha cabeça até que vejo que o chocolate deu o ponto certo. Coloco ele em um pote médio de vidro, também coloco os morangos em outro pote idêntico ao outro e coloco dois palitinhos nos morangos.
Enquanto observava os potes em busca de algo que havia esquecido, escuto ele falar comigo da sala de estar.
- O que você está fazendo, Millie? - ele pergunta provavelmente distraído com a tevê.
- Adivinha.
- Morangos com chocolate?
- Como adivinhou? - digo pegando os potes em indo em direção à sala.
- É a única coisa que você sabe fazer. - ele diz pegando um dos palitinhos e espetando um morango, que logo é colocado no chocolate.
- Tá fazendo desfeita, é? - digo com falsa mágoa.
- Mas é claro que não. - ele diz com a boca cheia e logo esboça um sorriso. Ele se aproxima e deposita um celinho em meus lábios.
Me deito sobre o seu peito enquanto comíamos os morangos. Não acho que poderia ficar melhor.
(...)
O filme já tinha acabado e estávamos nós últimos morangos. Meus pais haviam falado que passariam a noite em um hotel, mas que logo de manhã estariam em casa.
Finn desligava a tevê enquanto eu levava os potes para a cozinha em uma tentativa falha de ter disposição para levá-los. Cheguei na sala e Finn estava na porta esperando a despedida.
- Quer passar a noite aqui? - pergunto enquanto procurava minha pantufa.
- E os seus pais?
- Vão passar a noite no hotel. Eles não vão se incomodar. - digo tentando convencer e ele hesita. - Vamos, Finn. Não é a primeira vez que você dorme aqui. Você não vai querer me deixar sozinha, vai? - digo implorando. Ele hesita, mas logo cede.
- Já que implora. - ele diz dando um sorrisinho.
- Então vou arrumar a cama lá em cima. Vamos dormir no quarto dos meus pais, Ok? - digo e ele parece desconfortável. - Eles não vão se importar, garanto. - digo e ele assente, sabendo que não era por isso que estava incomodado.
Subi as escadas e fui para o meu quarto, aonde peguei dois travesseiros e um cobertor gigante. Peguei também minhas roupas, minha escova de dente e a do Finn - ele tem ela para quando ele dorme aqui - e fui para o banheiro que ficava no quarto dos meus pais. Botei os travesseiros e o cobertor em cima da cama e fui em direção ao banheiro.
Tirei minha roupa por completo e liguei o chuveiro no quente. Era normal o Finn dormir aqui, sempre foi. Mas algo hoje não estava normal, só não sei o por que. Não deve ser importante.
Enquanto desligava o chuveiro, ouvi barulhos no quarto e deduzi que ele já devia estar ali, me esperando. Sequei meu corpo e logo passei para os cabelos. Passei desodorante, creme corporal, terminei de fazer minha higiene e logo vesti meu pijama e coloquei minhas pantufas.
Abri a porta e logo veio um ar frio que por um instante me fez arrepiar e querer voltar para a sauna, vulgo banheiro que estava atrás de mim. Me escorei na porta enquanto o observava. Ele estava com os cabelos levemente bagunçados, com um short simples - que provavelmente achou no meu quarto - e sem camisa. Ele não era um garoto musculoso, mas tinhas alguns músculos, algo que o deixava ainda mais atraente.
Ele estava encurvado arrumando a cama, até que percebeu minha presença e jogou os cabelos para o lado, com uma tentativa falha de tirar os cachos dos olhos, e logo esboçou um sorriso.
👺
sEM QUERER FALAR NADA NAO MAS EU AMEI ESSE CAP SMSJKSNWNSJSJJZB
espero q tenham gostado 😗👍🏻xoxo, duda
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𝐟𝐚𝐥𝐥𝐞𝐧 𝐚𝐧𝐠𝐞𝐥
FanfictionUm anjo caído pode voltar a ser o que era antes? Finn Wolfhard, um escritor cuja a ambição por sucesso e a hipocrisia diária dos habitantes de Rosebrooke, pode ter lhe tirado mais do ele imaginava. Afim de recuperar o tempo perdido, ele retorna a su...