A reunião na SM transcorreu melhor que o esperado, Helena achou que teria dificuldades por ser mulher mais não, foi muito bem recebida e ouvida por todos, como foi pega de surpresa pela mudança de planos apenas falou de forma rápida das estratégias que queria utilizar na segurança monitorada e física dos contratados pela empresa e ousou um pouco com a proposta do uso de artefatos dignos de James Bond que, para sua surpresa, foram aceitos.
Após a reunião saiu para conhecer a empresa com Carlos, seu chefe, pediram para fazer o reconhecimento do local sozinhos para verificarem qualquer falha na segurança e já haviam achado várias, Helena ia falando e Carlos anotando já que ela que seria a responsável pelas mudanças.
Ele estava no meio de uma anotação quando de repente Helena para e ele dá um encontrão nela:
- O que foi? – pergunta ele pegando a caneta que havia caído no chão.
- Agora tenho que te agradecer por ter praticamente me obrigado a trabalhar aqui.
- Como? – ele perguntou não entendendo a animação dela.
Ela continuava parada em frente uma sala que estava com a porta fechada mais metade da porta era de vidro dando uma visão bem clara do que acontecia lá dentro.
- Ah! Entendi! – disse ele segurando o riso – Sabe não sei se isso dará certo acho melhor você ficar na VMW e eu vir para cá!
- Nem pensar! – ela respondeu – Aqui é um ótimo local de trabalho.
Na sala estava o grupo EXO num ensaio bem animado, alguns membros sem camisa, outros fazendo exercícios e Helena não conseguia tirar os olhos deles.
- Vamos Helena! – disse Carlos se divertindo com a situação.
- Sabe, acho que vou precisar tirar as medidas de altura deles, você sabe né o segurança tem que ser um pouco mais alto que seu cliente! Então vou precisar medi-los!
- De onde você tirou isso?
- Do manual que estou escrevendo para trabalhar aqui na Coréia. – seus olhos não se desgrudavam da sala.
- Bom, se você precisa das medidas na sala de segurança tem um dossiê sobre cada uma deles, aliás, de todos os contratados pela SM então você pode pegar essas informações de lá! Não precisa medi-los pessoalmente.
- Esses dossiês podem estar defasados, eles podem ter crescido acho melhor atualizá-los....
- Helena! Vamos! Sou seu chefe lembra? Vamos agora....
- Nossa! Só estou fazendo meu trabalho...
Pegaram o elevador, o qual Helena não gostava muito, pois se sentia sufocada neles, e apertaram o botão para descerem direto à garagem, faltavam alguns andares para o destino quando o telefone de Carlos tocou:
- Sim? – disse ele de forma séria – Sem problemas posso retornar.
- Algum problema?
- Não, só querem discutir um último tópico sobre o contrato, vou voltar você pode ir sozinha? Não precisa vir comigo são coisas burocráticas e quero que você se concentre apenas no seu trabalho aqui meu sucesso depende disso também.
- Nossa! Sem pressão nenhuma né? Tudo bem! Pego um táxi e aproveito a volta para relaxar um pouco.
- Sim! Ia me esquecendo, como o prometido pode ficar de folga e só retornar na segunda, ok?
- Nossa, você é tão bonzinho considerando que hoje já é sexta.
A porta do elevador parou e ele saiu dizendo a ela:
- Sim eu sou o melhor chefe do mundo não disse que sua vida iria mudar?
Ela apenas sorriu e fechou a porta.
Agora que Helena estava sozinha sentiu o peso de toda aquela mudança repentina mais era até bom quando as coisas não aconteciam da forma como havia planejado assim não ficava ansiosa. Encostou na parede e fechou os olhos torcendo para aquela caixinha chegar logo ao seu destino e ela poder respirar, foi quando o elevador parou e abriu as portas, ela abriu os olhos lentamente e viu que não iria respirar tão cedo o Senhor Olhos de Chocolate olhava pra ela com aqueles olhos de felino querendo carne.
- Desce? – ele perguntou com a voz rouca,
Helena pensou em responder; "Sim, até o inferno, porque ficou muito quente aqui!", mais apenas olhou para a flechinha do elevador e disse:
- Sim.
Ele também olhou para a flechinha, sorriu e entrou, sua presença era impossível de não sentir.
Ficou olhando pra ela pelo canto dos olhos e perguntou:
- Fazendo visita?
- Sério essa pergunta? Você não sabe porquê estou aqui?
- Não – disse ele de forma bem inocente.
Helena apenas chacoalhou a cabeça fechou os olhos e encostou novamente na parede, foi então que sentiu que o elevador parou de repente, abrindo os olhos viu que ele estava com a mão no botão que segurava o elevador entre os andares.
- O que você está fazendo? – ela perguntou não acreditando naquilo.
Ele veio se aproximando lentamente dela com aqueles olhos felinos/chocolate e ela jurava que até o cheiro dele era de chocolate ao leite. Colocou uma mão na parede ao lado de sua cabeça e a outra na parede ao lado de sua cintura aproximou seu rosto na base de seu pescoço e foi subindo lentamente até chegar ao seu ouvido e disse:
- É a única forma de conversar com você sem olhares curiosos.
Ela virou o rosto lentamente, aliás, nem havia percebido que tinha deixado seu pescoço a mercê dele, ficando de frente para ele e bem próxima de seus lábios em formato de coração com cor e cheiro de morango, aí não né chocolate com morango já era demais pra ela.
- Então diga – era incrível como ela estava conseguindo se controlar naquela situação.
Ele ficou apenas olhando pra ela e seu coração estava mais acelerado do que ele queria, então de repente se afastou dela e encostou do outro lado do elevador soltando o botão e fazendo o elevador continuar seu caminho, olhou para ela com um sorriso torto e disse:
- Já passeou por Seul?
As portas se abriram na garagem ele saiu deixando ela parada em estado off.
Quando ele foi abrir a porta do carro foi pego de surpresa por trás sendo prensado no seu carro com uma de suas mãos presas firmes nas suas costas e a outra na altura de seus ombros e duas pernas que prensaram a sua perna esquerda, era impossível se mover foi tudo tão rápido que não teve tempo de se defender do ataque, então sentiu um calor em seu pescoço e uma voz totalmente firme mais sensual em seu ouvido:
- Da próxima vez apenas me ligue se quiser conversar!
E da mesma forma rápida que foi preso foi solto, quando conseguiu se recuperar e se virou só teve tempo de ver um carro se afastando e pensou: "Que mulher é essa?"
Antes de dar a partida no carro sentiu um pequeno peso em seu blazer e tirou uma caixinha que não estava lá, dentro dela havia um pequeno ponto auricular e um bilhete que dizia:
"É melhor e mais seguro que telefone."
Ele sorriu, deu a partida no carro e saiu, apesar de ter passado horas ensaiando naquela tarde com certeza não dormiria de novo com facilidade apesar do cansaço.
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Safety Car
RandomApós uma brilhante carreira de 14 anos na Polícia Federal Helena estava decidida a mudar sua vida, depois de tantas decepções resolve se arriscar e recomeçar literalmente do outro lado do mundo mas segurança particular não era uma de suas mais adorá...