Safety Car

Capítulo 5 - Você pintou como um sonho

Helena ainda não acreditava no que havia feito, seria muita sorte se já no primeiro dia de trabalho não tivesse perdido o mesmo, mais a culpa não era dela, ele a havia provocado o tempo todo só deu o troco e que troco.

Ele podia ser magro mais era extremamente forte e bem definido, sentiu cada músculo do corpo dele sob o seu quando o pegou de surpresa no carro e precisou usar toda técnica que aprendeu durante seu tempo de policia para segurá-lo, já havia derrubado homens maiores que ele, mais claro que não naquela situação.

Ainda podia sentir seu perfume nela e será que ele havia achado seu pequeno presente? Com certeza tinha sim, precisava dar um jeito de se comunicar com ele, mais ainda não entendia o que a estava fazendo agir daquela maneira, ele mexia com ela e ela tinha certeza que mexia com ele também, puxa vida estava do outro lado do mundo como poderia se envolver com alguém dessa maneira insana? Sim insanidade definia bem esse momento de sua vida.

Após descansar um pouco Helena resolveu fazer algo que estava lhe incomodando e não dava mais para adiar: arrumar suas coisas. Enquanto arrumava ficou pensando em tudo o que aconteceu desde que havia chegado na Coréia e o que não entendia era como foi se interessar exatamente pelo seu oposto, não queria acreditar que seu coração dava boas descompassadas cada vez que o via e não era ingênua para não perceber que ele também sentia algo por ela, uma coisa que aprendera de forma dura foi aproveitar cada momento e não desperdiçar oportunidades e não podia negar ele era muito atraente, sexy e terrivelmente irritante e ela gostava disso. Mas ela nem o conhecia, mas poderia conhecer tinha todos os meios para isso e iria fazer, ah se iria.

Mas tinha que ser cautelosa sabia como eram as coisas por ali não podiam ser como no Brasil e tinha que pensar em Carlos, devia muito a ele e este era o momento de lhe devolver, pelo menos um pouco, do que ele havia feito por ela.

Helena foi até o espelho, o ar da Coréia estava fazendo bem a ela, estava mais corada, seus olhos brilhando e tinha um sorriso que não saía de seu rosto, na verdade não sabia se era o ar coreano ou um certo coreano que estava fazendo isso com ela.

Abriu a blusa e viu as marcas, eram três, três marcas dos quatro tiros que levara enquanto faziam uma investigação sobre uma quadrilha que não só traficava drogas mais todo tipo de produtos que se pudesse imaginar, inclusive mulheres, Carlos havia sido contra ela participar tão ativamente ela se infiltrou na quadrilha por quase dois anos e tudo quase deu errado por causa de um policial corrupto que a viu conversando com seu chefe, a fotografou e a entregou para o chefe da quadrilha. Ela foi desmascarada na última emboscada que fariam para desmantelar a quadrilha, ainda se lembra da tortura, das ameaças, da arma na cabeça e dos policiais chegando no exato momento em que achava que tudo estava perdido, mas Carlos havia insistido que ela usasse um rastreador em seu anel foi o que a salvou, mesmo assim durante o confronto ela levou um tiro no ombro esquerdo que ultrapassou para o outro lado, um no braço direito, um na perna direita, um do lado esquerdo na altura da cintura e tinha todas as marcas, então cada momento de sua vida ela valorizava, ela vivia como se fosse seu último dia.

Então não deixaria o Senhor Olhos de Chocolate escapar não, seria como viver um sonho e ela ia viver.

Lembrou-se da escuta que havia deixado no bolso dele, se seu chefe descobrisse estava perdida, era um dos itens de segurança mais caros que haviam adquirido, bom ela tinha que testar se funcionava, era um sistema fechado entre os seus celulares e era muito simples via Bluetooth passando pelo satélite da companhia telefônica ele poderia estar em qualquer lugar do mundo que ela o encontraria era só ele não perder o ponto do ouvido que era praticamente imperceptível e mesmo que estivesse sem o celular eles poderiam se comunicar uma vez que o sistema estivesse integrado ao satélite, como sempre os sistemas mais simples eram os melhores e menos rastreados, bom ele não precisava saber que ele também poderia encontra-la em qualquer lugar do mundo se quisesse.