Capítulo 6 - Bruxa Denlie

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Vejo que você não se esqueceu do feitiço de revelação querido Edward! ¬Uma bela mulher aparece na porta.

Sua feição é semelhante a aparência atual de Iris, a pele clara como a neve, mas seus cabelos pretos são longos e encaracolados, seu traje lembra uma vestimenta comum da Grécia antiga.

Ao ouvir tal frase, Edward se retrai e repreende as palavras da moça, dizendo;

-Por favor Denlie, não me chame desta forma tão informal e vulgar ¬Responde ríspido porém com um leve e escorregadio tom galanteador.

Denlie apenas sorrir radiante, claramente encantada com Edward que tenta disfarçar tão mau seu recíproco sentimento. Não demora muito para ela reparar no corpo desacordado que descansa calmamente nos braços de Herbest, seus olhos saltam para fora e ela questiona;


-Céus o que houve com Iris? ¬Diz se aproximando a passos largos de Herbest, olhando para a garota desacordada.

Ernest que estava à poucos metros de distância, atrás do garoto, se pôs à frente da conversa.

-O que houve com os dois? Você quer dizer... ¬Ernest completa e Denlie se faz em dúvida.

Ao ver agora pai e filha desacordados em sua frente, seu rosto que antes permanecia preocupado agora se voltou em pura e genuína raiva.

-Meu deus do céu Ernest! Aaarg vocês dois, levem-os para dentro, está muito frio aqui fora! ¬Ela convida de forma revoltada, caminhando para a porta de sua casa.

Cada um entra de um por um, a casa não é muito grande, se resume há um só cômodo retangular sendo que a extremidade da direita é arredondada. Suas paredes feitas de pedregulhos se mesclam com a bela iluminação nublada que entra pelas enormes janela de vidro. Há uma especie de altar separado do único cômodo por 2 degrais, neste há esta enorme janela que abriga uma mesa de centro, com utensílios usados em bruxaria, aos dois lados dois armários pequenos de ébano, à frente o altar é claramenre feito de concreto e pedras lisas de riacho com uma enorme pedra cinza transparente ao centro e por último, no chão, um pentagrama dentro de um círculo está desenhado a baixo do altar.

-Pelos raios e trovões!!!! eu não acredito que deixaram isso acontecer!!! ¬Denlie desbrava enquanto anda pelas janelas tirando as cortinas de cada uma em puxões fortes.

Ao puxar a última cortina, à do centro, percebe-se o brilho que as pedras possuiam em contato com a luz direta, é como se fossem feitas de prata.

Ernest caminha para perto de uma poltrona próximo do altar e lá ele senta o rei, ele vira o rosto do homem, revelando uma marca de rachadura igual a de sua filha.

Ao ver a marca, Denlie quase cai para trás com as mãos na boca, não acreditando no que estava vendo. Ela se aproxima do rei gradualmente para verificar seu estado.

-Será que há retorno? ¬Ernest pergunta com as mãos na cintura.

Ela se ajoelha perto da poltrona e feito uma fada, põe suas mãos de forma delicada no rosto ainda quente do rei.

Ela fecha os olhos e é possível ver seu olho caminhando frenéticamente de um lado para o outro por debaixo das pálpebras, segundos depois ela os abre e da a resposta;

-Creio que sim...

Um suspiro de alivio se fez presente no local mas antes que pudessem cantar Vitória atoa, Denlie levanta prosseguindo;

Coração de Vidro (Em Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora