(...15 minutos antes...)
~ "Fora da casa" ~Mais para frente perto de uns pinheiros, sentado em cima de uma pedra encarando o nada, está Ernest, seu semblante calmo e triste é encarado com estranhesa para aqueles que o conhecem bem. Ele? Sir J. Ernest Elliot, o comandante das guardas mais mortais que já existiram, agora parece tão vulnerável e derrotado. É inacreditável até mesmo para mim.
A porta da casa se abre e de trás dela se revela Edward. Apesar de ser arrogante, rabugento e muita das vezes egoísta! Edward não é de todo mal, é leal e um bom conselheiro e não é atoa que foi escolhido a dedo para portar um dos objetos mais importantes do universo; O relógio do tempo.
Ao ver seu parceiro cabisbaixo ele puxa o seu famoso relógio de bolso, ele olha para Ernest tentando tomar uma decisão crucial. Ele caminha poucos passos até onde ele está e põe a mão no ombro do mais alto que ao sentir o peso vira a cabeça observando aquela conhecida mão direita, sempre coberta com uma luva branca.
-Por favor Edward não desperdice o seu precioso tempo comigo! ¬Lhe responde em voz baixa.
Edward sorrir torto e retruca;
-Não vou desperdiçar, acredite! ¬Após dizer isso, Edward aperta com o polegar o botão de cima do relógio, e permanece pressionando por alguns segundos. Aos poucos os flocos de neves que caíam, lentamente vão cambaleando até que ficassem completamente parados no ar. Edward para de pressionar no mesmo momento em que o último floco para de cair. O botão fica emperrado para dentro de forma que não voltasse ao seu estado inicial.
-Perfeito! ¬Edward se agacha ao lado de seu amigo.
-Hey! Levante essa cabeça comandante! Ainda há pessoas para você proteger. ¬Sorrir tentando anima-lo.
-Você é péssimo animando as pessoas Edward!
-De fato... Mas sou um bom conselheiro ¬Se levanta sentando-se ao lado do mais novo.
Ernest levanta o olhar e olha para o ambiemte e resmunga;
-Céus eu não acredito que você fez de novo!
-Não mude de assunto. ¬Edward o corta se levantando e indo para frente de Ernest que volta a abaixar a cabeça.
-Não foi culpa sua Jay não temos controle sobre tudo.
Ernest se levanta cerrando os punhos ao ouvir aquela frase;
-Vai me negar dizendo que não viu isso acontecer em outras versões?
Edward fica calado impactado com aquilo que acabara de ouvir, o mais alto se levanta fazendo Edward dar poucos passos para trás, Jay continua feroz:
-Eu deveria ter feito algo à mais sim! Ter impedido, afinal essa é a nossa função! Não me console dizendo que não foi nossa culpa. Eu sabia o que ia acontecer com ele, mas não exitei em verificar. ¬Ele pega os ombros de Edward -Este é e sempre será meu dever Edward! Intervir antes que as coisas saiam do controle. ¬Ele se senta com as mãos e os pés inquietos.
-Olha... Eu lhe conheço a milênios de anos e este foi o primeiro erro que nós cometemos. E aliás... Como se reclamar e se lamentar fosse adiantar de algo. ¬Ele se abaixa a altura do mais alto, pegando sua mão e dizendo.
-Nós sempre fizemos tudo da mesma forma, como robôs programados para agir apenas de um jeito, sem livre arbítrio sem se quer poder ter uma vida normal! Nós trabalhamos e trabalhamos e tudo sempre termina da mesma forma Ernest! E todas as vezes você se culpa! Eu digo e repito se for necessário; Você é a pessoas mais corajosa e doce que eu conheço, mas se preocupa tanto com os outros que se esquece de si mesmo. Respire um pouco meu caro, está tudo bem, já está feito e vamos achar uma alternativa insana para salvar estas pessoas.
Ernest fica um pouco emocionado com as palavras nunca ditas do mais velho, enquanto ele retira suas mãos e puxa o relogio do palitó.
-Agora vamos, pare de não deperdiçar o meu tempo. ¬Ernest rir se levantando e limpando a neve de seu cabelo.
-Você deve parar de fazer isso, não é a função original do relógio! ¬Diz pegando seu elmo e o segurando ao lado da barriga.
-Eu sei, mas foi necessário. ¬Ele lhe sorrir enquanto se aproxima da casa.
-Acha que tudo vai dá certo no final, tipo um feliz para sempre?
-Eu não sei... Nosso universo é muito incerto, estamos experimentando um caminho novo e inexplorado agora, vamos ver no que vai dar.
Ao chegarem perto da porta Edward puxa uma espécie de adaga super fina. Ele coloca a ponta da faca na abertura para desenterrar o botão de dentro do relógio, ele faz pressão puxando o cabo para cima e o botão pula para fora, o tempo volta ao normal.
-Pronto, está tudo bem! ¬Sorri nervoso ao seu amigo que já punha a mão pronto para abrir a porta.
Ao olhar novamente ele percebe que o botão está solto, Edward tenta pressionar de volta mas não surge efeito.
Edward arregala os olhos segurando o braço de Ernest o impedindo de entrar.
-Céus! ¬Exclama assustado.
-O que houve? ¬Ao ver o estado do botão Ernest sorri torto -Ha! Eu lhe avisei que um dia iria quebrar!
Desesperado Edward retruca:
-Pare! Isso é algo muito sério.O que eu faço?!
-Eu não sei, leve em um relojoeiro?
-Aaah por favor é um relogio inter- dimensional que controla o tempo de todas as pessoas, as linhas de todos os universos, como diabos um mero relojoeiro poderia concertar algo tão importante e complexo?! ¬Edward desbrava e Ernest replica:
-Deveria ter pensado melhor antes de emperrar o botão para parar o tempo! ¬Edward o olho com um olhar mortal fazendo o mais alto engolir em seco.
-Mas que porcaria não poderei usá-lo se estiver assim!
-Como assim?
-O relógio só funciona com este botão, eu preciso parar o tempo para atrasar ou adiantar o relógio, sem isso é apenas um relógio comum.
Ernest arregala os olhos olhando para o bem dito relógio e pergunta:
-O que faremos, irão matar a gente se descobrirem!
-Terei que falar com a Denlie! Ela me deve um favor.
Ao ouvir isso a feição de Jay muda, ele sorri sarcástico arqueando uma das sobrancelhas, Edward revira os olhos pondo a mão na maceneta.
-Não me olhe assim seu depravado! ¬Abre a porta entrando na casa.
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Coração de Vidro (Em Edição)
FantasyVocê já imaginou uma maldição, uma princesa, um instrumento que acalma os mortos? Consegue imaginar uma história tão cativante que leva a assistir uma breve animação produzida pela Disney na sua mente? Um romance, uma fantasia medieval que nos leva...